Mario Cravo Neto

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Em setembro de 1992, a revista Irisfoto publicou um portfólio de Mario Cravo Neto e a capa é uma das que mais tenho vivas na memória. Cravo Neto, para publicar na revista, fez algumas exigências: liberdade para mostrar o que quiser e como quiser. A capa em preto e branco também foi sua exigência.

O texto que coloco abaixo foi escrito pelo próprio Cravo Neto, na abertura do portfólio.

Tudo isso foi lembrado pelo professor Rubens Fernandes Junior na sua palestra “Fotografia como Memória – O Processo de Criação”, no evento Fotografia: a transparência e o obstáculo, seminários que a Pinacoteca de São Paulo está realizando nos sábados de maio e que foi idealizado por Diógenes Moura, curador de fotografia da instituição.

“Porque a vida é foda e somente algumas coisas neste mundo têm importância. Para os loucos que fotografo, para estes que não parecem nenhuma coisa nem outra e por onde também me incluo, dedico estas palavras e esta série de retratos e auto-retratos, porque tenho direito. São meus personagens e também sou um pouco deles, pois para mim não existem parâmetros para a atividade criadora, que é deles e, em parte, minha. Sem raça ou sistemas são todos dignidade”.

Mario Cravo Neto | Irisfoto, setembro de 1992

Mais Mario Cravo Neto no Olhavê, aqui.

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