Plenitude

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manu-melo-franco-01Fotos: Manu Melo Franco

Fotógrafa: Manu Melo Franco.

Edição e curadoria: Georgia Quintas.

Local: 4º Festival de Fotografia de Tiradentes, marco de 2014.

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Plenitude

Algumas imagens são para sempre. Ao menos, nascem assim. Para deixarem de estar no passado ao encontrarem o afago do futuro.

A exposição Plenitude, da fotógrafa mineira Manu Melo Franco, percorre parte de seu arquivo contemporâneo, pessoal-familiar. Através do exercício cotidiano, a fotógrafa narra um discurso sensível sobre a infância, um modo de viver e experimentar valores autênticos de escolha para sua família. Estar no campo surge nas imagens como prosa que enfronha-se nas descobertas do protagonista genuíno dessa história: Tomé.

Divisou o tempo, plantou a seiva do futuro. Porque as coisas vistas são mais profundas, conseguem içar a plenitude dos afetos, da sinceridade das relações com o mundo. Porque acessar a memória pela imagem é a chance cabível a todos de compreender sua identidade. Da possibilidade de encontrar o imaginário sensível ao adentrar nas ranhuras impressas na história da alma.

Plenitude expressa o esforço íntimo do afeto, do cuidado em amansar, através da fotografia, a passagem dos acontecimentos, do crescimento de Tomé. Todo dia, Manu “guarda” na web uma imagem de seu filho. Ela intenta assim apaziguar o esquecimento. Vontades de mãe. Diz querer guardar esse “instante de tempo na memória do futuro”. Captura coisas vividas, achadas, desencantadas por ele. São fotografias que possuem narração cuidadosa, sentidos porosos, atmosfera diáfana. Imagens de terra, muita terra. Quase que como a esperar a chuva, por saber que o sol será ainda mais amparador.

Georgia Quintas.

* Texto de apresentação da exposição Plenitude, da fotógrafa Manu Melo Franco, com curadoria de Georgia Quintas, apresentada no Festival de Fotografia de Tiradentes, 26-30 de março de 2014.

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Foto em Pauta 2014Foto: Nereu JR – Montagem da exposição em Tiradentes

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