2ª Semana de Fotografia do Recife

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©Breno César

Detalhes grandiosos

©Paula Muniz

Plasticidade, sensibilidade e subjetividade num único fotograma

A 2ª Semana de Fotografia do Recife acabou e deixa aquela sensação de expectativa do que virá em 2009. Para quem acompanha a fotografia no estado, sabe que (pelo que representa a nossa produção) poderíamos (ou deveríamos?) estar encerrando a 12ª edição e não a segunda. Bem, a realidade é que estamos começando agora e os méritos são de todos que fazem a Gerência de Fotografia, personificada em Mateus Sá. Olhando para a primeira edição, parece que a coisa ganhou corpo e público. O lançamento do livro Linguagens, a exposição e a presença nas palestras, mostraram isso. Tivemos convidados de peso que estão “brilhando” no mercado. Isso é bom!

Os três de Minas, principalmente João Castilho, que vem sendo uma das revelações da fotografia brasileira. O coletivo Cia de Foto, Iatã Cannabrava e outros. O comparecimento da comunidade fotográfica local foi espetacular. Porém, creio que a participação poderia começar antes da Semana e durante, não ser apenas espectador, mas ser parte atuante. Poderíamos ter mais workshops cobrindo mais áreas e linguagens da fotografia. Mais exposições e mostras. É verdade que estamos na segunda edição… Que venha a terceira.

A publicação do livro Linguagens é uma iniciativa espetacular e teremos, a médio prazo, uma bela documentação da produção fotográfica recifense e pernambucana. A seleção foi mais democrática comparando com o ano passado. Ajustes devem ser feitos no regulamento, principalmente, na interpretação por parte do público e do curador. A edição (escolha das imagens) ficou a desejar. Nota-se uma clara diferença entre o primeiro e o segundo livro (falo sem problemas, pois me incluo neste segundo). A publicação tem um valor simbólico que acaba quando começa o valor das próprias fotografias. Há um desequilíbrio bastante acentuado na qualidade das imagens.

Já participei de Semanas em outras cidades e um dos motivos que me levavam para estes eventos era a participação de “nomes” importantes da fotografia brasileira. Ouvir e ver o que esse pessoal produz é importante e creio que seja uma das coisas mais legais de uma Semana para a comunidade local. Porém, as palestras precisam de uma mediação/moderação mais atuante na introdução do convidado, mediação (nos temas e condução do horário) e organização das falas e perguntas. Um exemplo foi a palestra dos mineiros do projeto Paisagem Submersa que poderia fluir bem melhor com ajustes. A coisa ficou muito solta.

O Recife carece de eventos como a Semana de Fotografia e necessita que ela permaneça cada vez mais forte. Existe um buchicho no ar de (a médio prazo) inserir a Semana no SPA, já que é tudo artes visuais. Não creio que seja assim. É só olhar no Brasil e no Mundo e constatar que a fotografia tem o seu lugar próprio. O apoio institucional e empresarial é fundamental e, nos impressos de divulgação deste ano, nota-se claramente o aumento da participação de empresas e do governo estadual.

Vamos para 2009!

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  1. Alexandre, a respeito da Semana de Fotografia do Recife, eu acho também que falta um maior apuro da curadoria da exposiçao. Vemos, principalmente na mostra projetada, uma disparidade muito grande entre os trabalhos selecionados. Ao passo que vemos algumas fotografias interessantes, que de fato trabalham com a luz e suas inflexões, vemos trabalhos de um “documentismo” barato, gratuito, que jamais uma comissão deveria ter deixado passar num evento que, suponho eu, deveria ser uma amostragem da boa produção local, fosse ela de profissionais ou de amadores, o que é o intuito da Mostra.
    Não sei, fiquei bastante decepcionado com a Mostra, pois vi se repetirem alguns erros do ano passado. Qual sua opinião?

    Abraço, Rodrigo Gonçalves.

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