A noite de sexta em Paraty foi bem animada. No espaço Fnac, lançamentos de livros com direito a sentar ao lado do autor e pegar um autógrafo carregado de carinho e impresso junto com sorrisos.
Clima gostoso, descontraído continuava a poucos passos dali, na “tenda branca” começava uma linda noite de projeções, comandada pelos coletivos, Garapa e Cia de Foto.
Começou tranquilo, publico super interessado nas imagens, mas na sequência, os dois coletivos também comandariam o som da noite.Virou festa rápido, para compor a noite, mais trabalhos visuais ficam passeando pelo telão.
Por volta da meia noite, Thiago Ney assumiu a discotecagem e enlouqueceu a pista de dança.
Bom… “balada” é bom estar presente, costumo sempre comentar com amigos, que não se fala da noite anterior, a não ser para os que nela estiveram, ou para amigos que queremos causar inveja…
Acho que este blog não tem cara de coluna social, portanto sobre a festa me calo… Apenas conto que quando fui ver o sol nascer na praia, era fácil observar, que muitas pessoas, se esforçaram muito na espera de poder dar bom dia ao sol…
Bom… prometi não comentar da festa, mas tenho que me explicar, presenciar o nascimento do astro rei, me fez cometer uma grande falta: Não consegui acordar a tempo de assistir a mesa de Arthur Omar. Falta irreparável. Amigos comentaram muito bem da mesa matutina.
Mas logo refeito por algumas horas a mais de sono e um bom prato de arroz de bacalhau de um charmoso café da cidade, me jogo na Casa de Cultura para ouvir e me deliciar com a boa conversa de Pedro Martinelli.
Pedro narrou sua trajetória e soltou seus pensamentos de vida e sobre a fotografia, com um super bom humor, muito à vontade. Fez a platéia cair na gargalhada muitas vezes.
Foi franco, direto, esclarecedor. No meio de sua fala, arranca mais risos da platéia, quando comenta que está fazendo terapia.
Pensei comigo… Se estivesse em jornal e pudesse fazer uma “fantasia” para meu texto diria: “Pedro vai a Paraty e faz terapia de grupo”.
Brincadeiras à parte, sim, acho que sua fala foi aguda ao ponto de fazer muitos jovens e outros nem tão jovens, repensar suas fotografias, seu papel como autor de imagens. Juan Esteves conduziu com elegância, que é sua marca, o bate papo com Pedro. Cassiano Elek fez poucas participações, mas sempre pertinentes. Que também é sua marca característica, ser preciso!
Outra falha… Por volta das 17h00, Paraty iluminada pelo delicioso sol de final de tarde, em pleno começo de primavera… fugi da mesa de Alessandra Sanguinetti… Fiquei triste comigo mesmo, mas precisava de um café e uma torta de limão, de outro café da cidade.
Aproveitei o tempo para começar a editar um pequeno vídeo da noite de ontem… E queria também estar mais descansado para assistir ao Leilão de fotografias, que aconteceu na Casa da Cultura.
Foi bem interessante, em pouco mais de uma hora, quase todas as obras de 25 artistas, dos mais renomados na fotografia brasileira a jovens talentos, foram vendidas. Grande parte delas disparou longe do lance mínimo. Colecionadores e amantes da fotografia de várias partes do Brasil arremataram obras muito interessantes.
A organização do leilão estava bem legal, comandada pelo sempre competente e dedicado Iatã Cannabrava, o clima era descontraído e charmoso.
Surpresa não foi ver a fotografia brasileira ser vendida tão rápida, surpresa, teve o publico que ao sair do salão onde acontecia o Leilão, foram recebidos por um Maracatu fantástico.
Muita alegria ginga e uma verdadeira aula de história, jovens sempre a sorrir, cantar e tocar, abrem caminho para um pequeno passeio pelo centro histórico e com graça e leveza leva o publico, que segue o maracatu, cantando e dançando, até “tenda branca”, que agora à noite, vai apresentar projeções com uma curadoria muito competente de Eduardo Queiroga, mostrando o melhor da fotografia pernambucana.
Depois conto como foi esta noite, agora… banho, camiseta nova e sair para presentear minhas retinas com belas imagens, que Queiroga vai nos mostrar.
Toni Pires de Paraty.