Mais uma noite de festa em Paraty, e a noite começou com o coletivo português Kameraphoto abrindo os trabalhos. Uma idéia muito interessante, boas fotos, mas confesso que uma apresentação um tanto longa. Tomo a liberdade de comentar isso, pois foi um comentário repetido por várias pessoas que encontrei depois da projeção. Mas isso não tira o brilho do trabalho que é muito bom, vale visitar o coletivo na internet. Na sequência, Queiroga comandando a noite de projeções com “Uma janela da fotografia pernambucana”. Trabalhos muito interessantes de fotógrafos já conhecidos e outros nem tanto. Alguns trabalhos foram muito inspiradores e quero conhecer mais sobre estes profissionais, como é o caso do Bruno Vilela, com uma série intitulada vôo cego. Na projeção foi lindo, mas fiquei a imaginar ver o trabalho impresso. Trata-se de imagens do céu com um texto em braile impresso sobre a foto.
Josivan Rodrigues me cativou com a simplicidade de seu trabalho sobre texturas da cidade, algo “… a flor da pele”. Marcelo Silveira, um artista de alma pulsante. Navega pelas artes plásticas, escultor admirado, usa a fotografia em sua obra com pertinência exemplar.
Esta janela que Eduardo abriu muito bem serviu também para abrir as portas de uma noite de festa, regada a muito frevo, forró e sorrisos e carinhos à moda pernambucana. Alegria, alegria!
Uma das falas mais bonitas que passeou pelos meus ouvidos aqui em Paraty veio da mesa de Claudine Doury, quando Eduardo Muylaert, que fez uma gostosa entrevista com Doury, citou um texto da Claudine “Não somos o que fazemos, somos o que sonhamos”. Ela comentou que lembrava-se de sua infância quando sua mãe implicava quando ela ficava sem “fazer nada”. Mas ela afirma que nunca ficou sem fazer nada, estava, sim, fabricando grande parte dos seus sonhos.
Sonhos que se realizam e se materializam no seu modo de ver o mundo, de se expressar, marca latente em suas fotografias.
O público presente, seja no salão, nos jardins da Casa da Cultura ou na Tenda da Matriz, onde a entrevista é transmitida ao vivo, se emocionou, riu e admirou o trabalho desta criatura gentil e elegante.
A tristeza só aconteceu depois da entrevista, estava no café escrevendo este post e imaginando que logo após enviar este texto sairia correndo para a livraria comprar o belo livro de Claudine, quando encontro Alexandre Belém que empolgado com a entrevista saiu direto para a Fnac, mas os livros já estavam esgotados… Snif, snif.
Por falar em snif, snif… hoje termina o quinto festival Paraty em Foco, mas antes de falarmos em despedidas… Temos outro encontro de peso, Cia da Foto e coletivo Pandora, vão falar e mostrar seus trabalhos…
Logo mais nos encontramos por aqui.
Toni Pires de Paraty.
Eita, ficou ótimo isso aqui de cara nova! 🙂
Ei Toni, eu não fui… Fiquei aqui, com o pensamento e o coração lá, em casa, em Paraty.
Agora me deliciei vendo e lendo todo seu relato sobre o festival!
Adorei!!! Que bom que você foi, e melhor ainda: que bom que compartilhas!!!!
Um beijo de uma paratiense que ficou em São Paulo…
Ai, vcs juntos novamente. Que legal. Belém, parabéns e muito obrigado. Eu aqui de Minas me senti em Paraty. Sucesso sempre.