Marcos Michael

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Fotos: Marcos Michael – “O começo do fim” (2007)

O trabalho de Marcos Michael é de extrema destreza. Em suas pautas enquanto repórter-fotográfico, Michael é preciso e habilidoso em nos mostrar imagens de fatos através de uma abordagem bastante singular. Ele busca extrapolar o lugar-comum e encontrar a sua forma de sublinhar determinado assunto. Em seu projeto mais pessoal, o preto e branco revela a poética sensível que Michael abarca por outros caminhos e contornos da vida. Vemos aqui dois momentos provocados pela intenção, profissão e motivações autorais. Todos de grande impacto visual e, sobretudo belo em seus propósitos. Como bem acredita Marcos Michael, o significado de fotografar está em “observar gestos, o mundo e o ritmo das coisas com atenção”.

Segundo Michael, a boa fotografia depende da harmonia entre técnica e intuição, entre o racional e o espontâneo; às vezes um se sobressai sobre o outro, mas ambos são essenciais. Dentre suas referências na fotografia, destacam-se Ansel Adams, Bob Wolfenson, Flávio Cannalonga, Henri Cartier-Bresson e Pedro Martinelli. Para ele, fotografar é expressar-se. Assim, seja fotografando em cor ou p&b, Michael representa suas realidades.

Por Georgia Quintas, dezembro de 2009.

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Série “Lá, na beira do mar” (2007-2008)

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BIOGRAFIA

Fortaleza (CE), 1979

Começou a tentar fotografar em 1996 ainda no Segundo Grau, quando pegou emprestada uma máquina Zenit e apaixonou-se pela possibilidade de olhar o mundo sob uma nova ótica. Em 1998, na Universidade Católica de Pernambuco, onde cursou Jornalismo, já tinha certeza que queria a fotografia como ofício. Estagiou no Jornal da Unicap no mesmo ano. Em 1999, foi chamado para estagiar no jornal Folha de Pernambuco, local em que após um ano foi efetivado como repórter fotográfico. Trabalhou por mais três anos no periódico, de onde saiu em 2003 para integrar a equipe do Jornal do Commercio, local em que trabalha até hoje.

Durante essa primeira década de profissão foi selecionado para participar do Curso Abril de Jornalismo (2002), trabalhou em grandes coberturas, como o Rock In Rio (2001), Eleições Presidenciais e Visita do Papa ao Brasil. Participou de cadernos especiais como “O Eldorado dos Sonhos”, “O Início do Fim: Efeitos do Aquecimento Global”, “Vidas invisíveis”. Ganhou o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo Estudante (2000), o Prêmio Embratel de Fotografia (2007), Menção honrosa no Marc Ferrez (2007) e foi finalista do Prêmio Esso de Jornalismo (2008).

Sua principal motivação profissional é poder contar, em imagens, as histórias que lhe surgem pelo caminho.

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