Rodrigo Braga

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Fotos: Rodrigo Braga

Rodrigo Braga encontrou na linguagem fotográfica sua vertente ilusória plena. O mundo de Braga é abissal. Enxergamos o imaginário (ou seria, inconsciente) deste artista através da construção de signos. Que podem estar na natureza, no animal ou no seu próprio corpo. A fenda simbólica que se abre na poética do trabalho deste artista não delimita espaços ou tempos. É da esfera do improvável, do fantástico… De um campo sensível de percepção costurado pelo dilaceramento da realidade. Daí, exatamente, advém o vigor da obra de Rodrigo Braga: a sua potencialidade criativa de sublimar sua emoção, sua alma inquieta, sua busca de compreensão e questionamento da vida. Seu percurso criativo representa a investigação inexorável dos sentidos que uma imagem pode abarcar. Desta maneira, cada fotografia revela-se arrebatadora. Desde os mais antigos ensaios, sente-se uma atmosfera de embate seminal entre a realidade e o simulacro.

A arte de Rodrigo Braga é tecida em um belo e denso percurso que sempre se lapida pela investigação que descarrila a prospecção de sensações inesquecíveis. As ideias e o desdobramento de suas narrativas propõem uma dimensão visual que burla todos os parâmetros indiciais de uma imagem fotográfica. As fotografias aqui vistas são ações da força corporal. As pedras que envolvem a árvore têm a mão de Rodrigo que a fez e desfez. Quando não, reverberadas na ação performática do seu corpo. O universo fotográfico do autor remonta a um repertório peculiar, sensível e desconcertante. De alguma forma o olhar se contamina e a memória guarda o que há de tocante em sua inesquecível retórica visual e poética.

Georgia Quintas, dezembro de 2009.

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BIOGRAFIA

Manaus (AM), 1976

Radicado em Recife (PE), onde se graduou em Artes Plásticas pela UFPE em 2002. Em 2004 foi contemplado com bolsa de pesquisa no 45o Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, realizando a série Fantasia de compensação e, em 2009, se dedica à Bolsa de Estímulo à Criação Artística – Fotografia, concedida pela Funarte.

Das exposições individuais destacam-se: Fundação Joaquim Nabuco – Fundaj (Recife, 2007); Museu da UFPA (Belém, 2007); Itaú Cultural (São Paulo, 2006); Galeria Marcantonio Vilaça, Instituto Cultural Banco Real (Recife, 2006); Galeria Clairefontaine (Luxemburgo, 2005); Galeria Susini (França, 2005). Principais coletivas: Modern Photographic Expression of Brazil (Japão, 2008); Nova Arte Nova, CCBB, (Rio de Janeiro – RJ, 2008); Rumos Itaú Cultural de Artes Visuais (São Paulo, Rio de Janeiro e Belém, 2006); Vizinhos: networked art in Brazil (Áustria, 2006); O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, Itaú Cultural (São Paulo, 2005); Photomeetings Luxemburg (Luxemburgo, 2005); Projéteis de Arte Contemporânea, Funarte (Rio de Janeiro, 2005); Arte Pará (Belém, 2002 e 2006). Seu trabalho vem sendo representado em feiras de arte, como: SPARTE (São Paulo, 2008, 2009); ARCO’08 e ARCO’06, (Espanha, 2008, 2006); Paris Photo, (França, 2005); Art Cologne (Alemanha, 2005); D-Foto (Espanha, 2005).

Possui trabalhos em acervos particulares e institucionais no Brasil e exterior.

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