Foto: Berenice Abbott
Eugène Atget, 1927
“Com efeito: as fotos parisienses de Atget são as precursoras da fotografia surrealista, a vanguarda do único destacamento verdadeiramente expressivo que o surrealismo conseguiu pôr em marcha. Foi o primeiro a desinfetar a atmosfera sufocante difundida pela fotografia convencional, especializada em retratos, durante a época da decadência. Ele saneia essa atmosfera, purifica-a: começa a libertar o objeto de sua aura, nisso consistindo o mérito mais incontestável da moderna escola fotográfica”.
Walter Benjamin, 1931
“Atget era um homem muito simples, quase ingênuo, como um pintor dos domingos se poderia dizer, porém trabalhava todos os dias. Quando reproduzi alguma coisa sua numa revista surrealista nos anos 20 – era uma multidão de pé sobre uma ponte, contemplando um eclipse no céu – me disse: Não ponhas meu nome. São simplesmente uns documento que fiz. Veja, não queria nenhuma publicidade”.
Man Ray, 1974
Assim era Eugène Atget (1857-1927), um dos maiores e mais mágicos fotógrafos de todos os tempos. Outra grande artista, Berenice Abbott (1898-1991), preservou a obra de Atget após a sua morte.
Por Georgia Quintas.
Foi com Atget que me inspirei em meus trabalhos iniciais em PB, o livro de imagens de Paris dele é uma grande referencia para mim até hoje. Uma obra de consulta direta para mim nos tempos que eu trabalhava com laboratório químico.
Abraço,
Tom von Agner