Eduardo Muylaert, especial para o Olhavê.
Todo fim e começo de ano, os grandes jornais e revistas procuram fazer um balanço. Mesmo não sendo uma avaliação infalível, a lista dos “Best of” pode dar boas pistas para quem se interessa por livros de fotografia, como se vê na lista que Sean O’Hagan preparou para o clássico The Guardian, na Inglaterra.
Mais do que as câmeras digitais, para O’Hagan é o celular que está transformando todos nós em fotógrafos. Ele chega a destacar Joel Grey’s 1.3: Images From my Phone (Powerhouse Books, £21.99), fotos feitas por um ex-ator num pequeno museu da Flórida num Nokia 133.
Quanto à fotografia de verdade, sua avaliação é de que, sem dúvida, o ano foi de Robert Franck. Celebrando os 50 anos da histórica publicação de The Americans, o grande livro foi Looking In: Robert Frank’s The Americans (Steidl, £49.90).
O outro grande livro americano indicado foi de Irving Penn, que morreu em outubro: Irving Penn’s Small Trades (Getty, £34.99).
Como bom inglês, o cronista escolhe ainda dois trabalhos sugestivos sobre seu próprio povo: Simon Roberts’s We English (Chris Boot, £40) e Chris Steele-Perkins’s England, My England (Nothumbria Press, £30). Esse ultimo reúne fantásticas e inovadoras paisagens provindas de uma 4×5 que, segundo O’Hagan, têm profunda ligação com a tradição de paisagem da pintura inglesa.
Bom meus caros…alguém lembra a publicidade de uma marca de celular com alguns famosos fotógrafos brasileiros?? não faz muto tempo…. até exposição teve… ( e olha que não eram estea megaa pixelssss atuais.)
Na verdade creio que não é preconceito com o celular ou com o tipo de câmera , e sim com a possiblidade da “imagem” não pertencer mais a” poucos e bons ” … Como diria o historiador Eduardo Bueno…Muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos…. he he he.
E como já fazia Robert Frank no (este sim imperdível) The Americans…. O que importa é o conteúdo…A técnica ? bem…isso é outra história…ou ..outro livro
“Quanto à fotografia de verdade”?
apesar de não usar o celular para fotografar, achei engraçado e estranho considerar que fotos feitas com esses aparelhos não sejam consideradas ‘fotografias de verdade’.
engraçado como o equipamento ainda influencia (ou guia) mais as opniões e classificações que a própria foto.
novas tecnologias, discussões antigas e opiniões antiquadas?