Gustavo Pellizzon

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Pesquisa sobre o IDH PNUD

Fotos: Gustavo Pellizzon –Ensaio “Entre o home, a terra e a água” (2008)

Há imagens que nos tiram do real, do nosso entorno, da vida prosaica cotidiana. Há imagens que surgem deste mesmo entorno (não do nosso, de outrem), mas que, no entanto, conotam novas particularidades à nossa percepção. Surge então o deleite, a contemplação sobre o implícito que povoa a plasticidade e sua capacidade de nos guiar em ficções e em estórias de histórias. O ensaio de Gustavo Pellizzon é tangivelmente assim. Maturou a realidade dura de uma região sofrida e trouxe a beleza dramática das cores e seus significados contidos. A obscuridade nos rostos delineia ainda mais a sensação mágica de desvelamento nestas imagens.

Gustavo Pellizon percebe a fotografia como ato de mergulho e transposição de sua visão introspecta. “A câmera me faz fazer coisas que não faria, me faz mergulhar em um universo que pode ser meu e também de outros.  Fotografar é um momento meu e do meu inconsciente que transcende para os outros. Fotografar é ter um universo em sua mente e poder colocá-lo para fora”, reflete. A inquietude de suas cores faz parte de sua admiração por grandes nomes da fotografia brasileira como Miguel Rio Branco e Maureen Bisilliat.

Outro ponto que o ajuda a criar seu universo imagético vem de seus enquadramentos que ora enfatiza pelo detalhe do elemento fotografado ora se aproxima sem cerimônias do retratado. Torna as coisas fluidas no jogo das percepções… O autor André Rouillé coloca o seguinte: “Ora, contrariamente ao que se pode experimentar com a prática fotográfica a mais banal, a verdade, aliás, como a realidade, jamais se desvenda diretamente, através de simples registro, A verdade está sempre em segundo plano, indireta, enredada como um segredo”. O processo de captura de Pellizon por sua vivência das “coisas” – intermediada pela fotografia – assemelha-se à ideia de Rouillé. Que bom que os outros estabelecem segredos para nós…

Georgia Quintas, março de 2010.

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BIOGRAFIA

São Paulo (SP), 1981.

Nascido em São Paulo, Gustavo Pellizzon mudou-se para Fortaleza/CE ainda criança. Durante sua graduação em comunicação na Universidade de Fortaleza passou a produzir vídeos, no entanto quando se deparou com o laboratório preto e branco… A fotografia foi apaixonante. Iniciou profissionalmente no jornal Diário do Nordeste (2004) fotografando hard news, retratos e esportes.

Buscando conhecer mais da cultura e do lugar onde vivia começou a produzir seus projetos pessoais na capital Fortaleza e em viagens pelo sertão nordestino. Entender a relação do homem e seu ambiente, como o homem ocupa, cria espaços, e identidades para viver passou a ser um dos focos do seu trabalho.

Ao longo destes anos fez trabalhos para as Nações Unidas, Le Monde, German Press Agency, Folha de São Paulo, Veja, Poder, Fundação Roberto Marinho, entre outros. Atualmente trabalha como fotógrafo do O Globo, na Revista O Globo e em seus projetos pessoais. Em 2005 venceu o prêmio nacional de jornalismo ABRELPE com o ensaio “Do que restou…”. Integrou a XIII e a XIV Unifor Plástica com o trabalho “Impressões Urbanas” e “Sala de estar”. Em 2006 participou do Miradas Exibition no museu Canning House, em Londres. Integrou o DeVERcidade em 2006 e em 2007 com o trabalho “Matadouro” e “Moro no centro”.

Expôs seu trabalho no Festimage, Chaves, Portugal. Recebeu prêmios dos concursos Leica-Fotografe Melhor e da Maratona Fotográfica de Curitiba em 2008. Em 2009 realiza a exposição do projeto “Em Conjunto” no Conjunto Maravilha em Fortaleza-CE. Expõe o trabalho “Seres de Luz” na UCL/Londres.

Outro ponto que o ajuda a criar seu universo imagético vem de seus enquadramentos que ora enfatiza pelo detalhe do elemento fotografado ora se aproxima sem cerimônias do retratado. Torna as coisas fluidas no jogo das percepções… O autor André  Rouillé coloca o seguinte: “Ora, contrariamente ao que se pode experimentar com a prática fotográfica a mais banal, a verdade, aliás, como a realidade, jamais se desvenda diretamente, através de simples registro, A verdade está sempre em segundo plano, indireta, enredada como um segredo”. O processo de captura de Pellizon por sua vivência das “coisas” – intermediada pela fotografia – assemelha-se à ideia de Rouillé. Que bom que os outros estabelecem segredoOutro ponto que o ajuda a criar seu universo imagético vem de seus enquadramentos que ora enfatiza pelo detalhe do elemento fotografado ora se aproxima sem cerimônias do retratado. Torna as coisas fluidas no jogo das percepções… O autor André Rouillé coloca o seguinte: “Ora, contrariamente ao que se pode experimentar com a prática fotográfica a mais banal, a verdade, aliás, como a realidade, jamais se desvenda diretamente, através de simples registro, A verdade está sempre em segundo plano, indireta, enredada como um segredo”. O processo de captura de Pellizon por sua vivência das “coisas” – intermediada pela fotografia – assemelha-se à ideia de Rouillé. Que bom que os outros estabelecem segredos para nós…s para nós…

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