Foto: Cecil Beaton | Katharine Hepburn, 1935
“Tinha a ideia de querer fazer algo completamente diferente, completamente novo, algo que fosse por completo absorvido. Não queria que as pessoas se parecessem a si mesmas, queria disfarçá-las”.
Sir Cecil Beaton, 1976
O fotógrafo Cecil Beaton (1904-1980) criava retratos em contextos. O encanto das fotografias adivinha da habilidade em transcender a própria pose. Dirigia a imagem, fosse nos retratos ou em sua estonteante produção de fotografias de moda, criando sutilezas a partir do retratado. Ambientes, sombras, objetos e encenação. Agregava assim “informações” visuais que rompiam com a referência e causavam a representação. Os contextos, de tal maneira, eram os mecanismos de latência do estilo de Cecil Beaton. O disfarce – almejado por Beaton – estabelece algo velado que passa a ser um exercício à nossa percepção. Daí o encanto, o gosto, a beleza, o além pose… Elementos inatos à obra de Cecil Beaton.
Por Georgia Quintas.
Os retratos de Beaton são tão mágicos e intrigantes quanto os do Richard Avedon. Ambos com uma certa maestria em retratar pessoas…
Imagens, as vezes, simples que escondem significados e olhares cheios das tais “informações” visuais.
A incessante luta entre fotografo e retratado. Um tenta revelar e o outro esconder.
Parabéns pelo post!!!
Bjs
aj