“A série Pele preta deriva de meus tempos de estudante,
quando frequentava ateliês de modelo vivo, atenta à anatomia,
à movimentação do corpo e à iluminação.”
Maureen Bisilliat
Homenagear e apresentar os autores clássicos da fotografia é um dos objetivos do Sobre Imagens. Nesse post, mostramos 11 fotografias do ensaio Pele Preta da fotógrafa Maureen Bisilliat.
Britânica de nascimento, Bisilliat vive no Brasil desde 1957 e trabalhou na Editora Abril entre 1964 e 1972, fotografando principalmente para as revistas Quatro Rodas e Realidade. A reportagem Povo caranguejo, publicada em março de 1970 na Realidade, é uma das célebres reportagens de uma equipe que fez história e ainda é referência para o fotojornalismo nacional.
Recentemente, toda a obra de Bisilliat foi apresentada numa grande exposição nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, realizada pelo Instituto Moreira Salles. Dentro do vasto acervo da fotógrafa, Pele Preta destaca-se pela estética apurada e pelo forte simbolismo que Bisilliat explorou nas sombras e cortes na composição. O ensaio é um dos primeiros trabalhos de Bisilliat e foi exposto no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1966.
Bisilliat é autora de várias reportagens fundamentais para a consolidação do fotojornalismo brasileiro e sempre teve uma forte ligação com a literatura, editando vários livros de fotografia inspirados nas obras de Mário de Andrade, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Euclides da Cunha e João Cabral de Melo Neto.
Este ano, o Paraty em Foco – Festival Internacional de Fotografia, homenageou a fotógrafa com a exposição individual Pele Preta, na Galeria Zoom com realização do IMS. A mostra fica em cartaz até o próximo dia 31 de outubro.
Alexandre Belém
Desafio enorme expressar por palavras a grandiosidade estética e humanista da portentosa obra fotográfica da Maureen Bisilliat, com quem conversei 1/2 minuto em São Paulo no ano – se me relembro bem – de 1971. Maureen muito mais do que uma artista superiora, a Maurren é um ser humano de uma aura profundamente excitante e bondosa. Se dizemos de Albert Einstein e de John Dizzy Gillespie que eram humanistas, direi o mesmo de Maureen Bisilliat: uma humanista cheia de luzes. Wilson Moreira, Curitiba, Brazil.
Incrível – as sombras realmente trouxe magia para fotos ou seja deixam de ser simplesmente foto.
Muito bom! Ficou ótimo!
Amei as fotos. Fotos em preto e branco é com vc pintar somente com duas ocores e entremear de cinza.
Parabéns.
Amei,, gosto mt de fazer fotos assim tb.
bj
Parabéns
Muito lindo, luz sem comentários!!!!
Parabéns
As fotos bem uma beleza e uma iluminação que dispensam qualquer comentario, são simplesmente demais.
sensacional
É sempre muito inspirador rever as fotos desta fotografa e defensora da cultura Brasileira Maureen Bisilliat. eu a conheci quando emprestei meu Padre Cícero escultura de 3,50m para uma exposição no Memorial da América Latina onde ela é curadora, de lá pra cá tenho sempre acompanhado sua história e a bela exposição que o IMS fez na galeria do SESI. Seus muitos anos dedicados á fotografia foram homenageados a pouco tempo quando o Premio Porto segura de Fotografia lhe Premiou pelo conjunto de sua obra. Maravilhosa mulher. Parabens sempre.
Amei o belíssimo ensaio. Adoro fotografia. Parabéns!
Belas imagens
Obrigada, Alexandre, pela matéria,e pela grata surpresa de ver aparecer – brilhantes e belos no seu blog – o anjo Assis e sua tia Conceição Aparecida, fotografados quarenta anos faz!
Com um abraço, Maureen
as imagens sao belissimas;demais
Fico completamente sem ar quando vejo essas imagens. Amo.
Belém, o trabalho dela é demais… É a primeira vez que vejo esse ensaio graças ao blog. Percebi que há uma direção nos modelos que fotografou, como se fosse um exercício no ateliê com os modelos vivos. A posição das mãos, do corpo, em direção e oposição a luz, os olhares.
Me encanta. As fotografias nos trazem um olhar mais afetivo, aos laços familiares e até a nós mesmos.
A fotografia vira arte, mas os gestos também nos contam algo.. Documental ou artística? Ou não tem essa?
Parabééns Maaan!!!!
Conheci o trabalho da Maureen Bissiliat, em uma série que ilustrava um poema de João Cabral de Melo Neto, chamado o Cão sem plumas. Cuja a temática era o rio Capibaribe, que corta a cidade de Recife. E como todos que pousam os olhos sobre suas imagens, me apaixonei pelo seu trabalho belíssimo. Parabéns Belem, por presentear a todos com mais essas imagens sem palavras.
Lindo demais, muita sensibilidade!