Passado colorido

“Para a nossa preciosa mãe com amor de todos os seus filhos, Natal, 1919.”

A frase acima está na capa de um álbum de fotografias coloridas à mão depositado na Biblioteca do Congresso Americano. O álbum contém 36 fotografias com cenas de Jerusalém e da Palestina do começo do século 20. Provavelmente, a “mãe” citada no álbum seja Anna Spafford, fundadora da Colônia Americana, uma sociedade cristã formada em 1881 na cidade de Jerusalém.

Em 1898, a Colônia criou um departamento de fotografia que se tornaria famoso pela documentação do Oriente Médio. Entre 1903 e 1933, o departamento teve o seu apogeu e formou um valioso acervo iconográfico da região. A Biblioteca do Congresso Americano mantém mais de 7.000 fotografias desse acervo.

Dentro dessa preciosa coleção, o álbum se destaca pelas cenas de Jerusualém e da Cisjordânia. São paisagens, pastores, trabalhadores e uma sequência de retratos de inegável valor histórico para o estudo dos costumes, vestimentas e identidade social.

As fotos também surpreendem pela luz e pela habilidade da coloração. A técnica de colorir imagens em preto e branco é bastante antiga. Foi utilizada desde os primórdios da fotografia e consiste, basicamente, na aplicação de pigmentos naturais sobre as cópias em papel.

Para ver o álbum completo, clique aqui.

Alexandre Belém

* Próxima terça-feira, não teremos postagem no Sobre Imagens. Voltaremos no dia 28 de dezembro. Bom Natal!

 

{1} Cena do Portão de Damasco, Jerusalém – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{2} Monge com livro no Jardim de Getsêmani, Jerusalém – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{3} Homem perto do Mar Morto – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{4} Rio Jordão – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{5} Rua Davi, Jerusalém – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{6} Judeu árabe do Iêmen – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{7} Camponês de Ramallah com lã – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{8} Mulher de Ramallah com roupa típica – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{9} Carpinteiro fazendo arado – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{10} Beduíno – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{11} Pastor – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

 

{12} Pastor – 1903-1933. (American Colony/The Library of Congress)

0 thoughts on “Passado colorido

  • belissimas imagens, consegui captar a paz, desses lugares insolito,da vontade de saber a historia de cada um,apesar da imaginação bastante.obrigada pelo presente, abraços

  • LINDAS FOTOS!LUGARES,QUE FAZEM REFLETI,IMAGINADO JESUS NA
    QUELAS PAISAGENS.PAREBÉNS PELA FELIZ IDÉIA.

  • Obrigada por me proporcionar uma viagem tão maravilhosa, tanto no espaço quanto no tempo. Isto sim, é ARTE!

  • Boa Tarde.
    As fosto são de uma beleza impagável, fazem com que pessoa que as avite, tenha uma reflexão profunda da natureza humana, gostaria de obter mais fotografias ou acesso a elas do acervo de onde estas foram retiradas. Antecipadamente agradecido e maravilhado com as imagems expostas.

  • A unica coisa de mal nas fotos é o gostinho de quero mais que elas me deixaram,é impossivel nao chorar por mais de tamanha beleza!

  • Esas fotografías son la historia de los grupos humanos que alguna vez vivieron en esos territorios. Son lecciones de diferentes materias: sociología, ciencias naturales, antropología, geografía, historia, etc.
    Fantástico acervo de incalculable valor.

  • Fotos maravilhosas que lembram um momento no passado que hoje não existe mais. É a historia sendo escrita pela fotografia.

  • Maravilhosas fotos, um verdadeiro tesouro da memória universal dos povos..Não podemos perder estas reliquias. Sõnia

  • Os anos passam, e sempre conseguimos resgatar registros importantes da historia do mundo, graças as fotografias que alguém guardou e outro publicou, parabéns.

  • SENSACIONAL ACERVO , BELÍSSIMAS FOTOGRAFIAS , CONSIDERANDO ATÉ MESMO AS CONDIÇÕES PRECÁRIAS CONCERNENTES A ÉPOCA , EMOCIONANTE PODER TER ACESSO A ESTE RARO E IMPORTANTE DOCUMENTÁRIO , CARECE DE PRODUZIR NOS DIAS DE HOJE FOTOGRAFIAS IDÊNTICAS NOS MESMOS LOCAIS E PROMOVER UMA EXPOSIÇÃO .

  • Era tao bom k essas fotos fosses dos dias actuais.. lindas paisagens que contrastam com o que actualmente acoentece naquela zona.. espalhem-se as photos pelos principais dirigentes daquela regiao por favor…

  • Imagens Maravilhosas. Jerusalém é uma herança cultural para a humanidade, berço de tantas histórias, de tantos cenários distintos, de tanta vida e diversidade. Merecida homenagem!!!

  • “Fica comprovado que os judeus nunca saíram da Palestina que sempre foi a pátria deles também (além da dos árabes).”

    Na verdade os árabes são nativos da Península Arábica – Arábia Saudita, Yemen, Kwait e outros – e só chegaram nessa região com as invasões muçulmanas no século VII.
    Egípcios, Libaneses, Sirios e Judeus [Hebreus] são tão árabes quanto chineses são japoneses.

  • Incrível a persepção das cores, e como conseguiram captar tantas nuances! difícil acreditar que são pintadas a mão!

  • Maravilhoso estas fotos. Adorei.
    Adorei em recebe-lo ,poi morei lá e tenho uma filha da cidade de Jerusalém….

  • Interessante, mas carece de melhores legendas explicando, por exemplo, quais fotos eram de MUCULMANOS (e se terminaram expulsos), CRISTÃOS e JUDEUS, alem de datas detalhadas.

    • Caro Dalton,

      Infelizmente, toda a informação que temos é esta. No link para o álbum, você pode ver mais fotos.

      Obrigado pela visitas e comentários de todos!

      Alexandre Belém.

  • Esse é um trabalho magnífico que resgata as tradiçoes e modo de vida de uma sociedade.
    Meus parabéns

  • Muito bom!
    Um dia desses, em uma palestra sobre a lei 10.639/2002, lei que obriga as escolas públicas e particulares ensinarem sobre as culturas africanas e indígenas. Uma senhora, de origem evangélica, e com cerca 30 anos de tradição com o ensino básico em uma escolinha particular, aqui em Salvador, disse que não estava pronta para ensinar sobre Deuses de um país onde as pessoas vivem em extrema miséria.
    Prontamente, o palestrante disse “o local onde Jesus nasceu deveria ser de extrema paz”, no entanto, conforme descrito em um dos comentários sobre estas fotos Israel e Palestina transformaram o que eram essas fotos em um verdadeiro inferno.
    É uma pena que tanta beleza seja destruída em nome da religião. Infelizmente a religião está segregando as pessoas.

  • Muito bacana mesmo. Demonstra uma serenidade, beleza nas pessoas, que não vejo nos dias de hoje, não se encontra facilmente em faces do século 21. Adorei!

  • Magnífico. Realmente trata-se de um grande tesouro para a humanidade poder admirar estas imagens. Seria fabuloso se postassem mais imagens.

  • “A coisa (sic) parecia ter encontrado a paz (…) aí quem aparece na história? EUA e Israel…”. Senhor, por favor, poupe-nos desse discurso esquerdopata. Aprecie as fotos; apenas isso.

    Em tempo: realmente as fotos são maravilhosas. Se houvesse algum livro com todas elas disponibilizadas, certamente seria um sucesso.

  • É incrível a perfeição da coloração feita a mão. Quem olha não percebe. E as pessoas tem um ar sofrido. Depois dizem que antigamente as coisas eram melhores. Acho que eram piores. Da captura de Jerusalém pelos britânicos em 1917 até o desmembramento da região pela ONU, em 1948, muitos motins e conflitos acorreram. A qualidade de vida da população hoje, mesmo com os atentados terroristas, é muito melhor do que nessa época.

  • As fotos mostram que naqueles tempos os povos também sofriam como mostra a foto de Damasco e demais no semblante das pessoas sofridas pelo tempo e pelo esquecimento de seus governantes, pois se postarem fotos de hoje não teremos muita diferença no olhar das pessoas. As fotos são lindas, mas ao mesmo tempo mostra a tristesa do descaso que já vem de muito tempo.

  • A terra é de todos os povos semitas, mas tem lugar para todos. Meu desejo é que acabem com esse ódio absurdo, em nome de Deus. Deus não tem nada haver, com essa guerra. Quem faz as guerras somos nós homens, está na nossa natureza humana,caída,inclinada naturalmente, pelo pecado,de oprimir o nossa semelhante.

  • revendo as fotos monge no jardim ,e o judeu árabe nos fazem refletir melhor principalmente em relãção aos idosos,maravilha,

  • Nesta época a coisa parecia ter encontrado a paz, eles com os custumos deles nos com os nossos, ai quem aparece na historia?
    EUA e ISRAEL e a coisa ficou como esta, guerra, mortes, discórdia, intrigas, mentiras, crianças sem futuro, ódio, quer mais, se a coisa nada mudar o que parece que não pode mais piorar vai piorar, esses caras não tem limites, Japão 1945 as “rosas” atômicas….

  • FABULOSO, GRATIFICANTE.
    OBRIGADO POR NOS PERMITIR ADMIRAR TAO BELAS FOTOGRAFIAS.
    DISPONIBIIZE MAIS PARA NOS.
    GRATO.

  • As imagens são muito sugestivas. Fica comprovado que os judeus nunca saíram da Palestina que sempre foi a pátria deles também (além da dos árabes). Todos têm direito a seu pedacinho ali.

  • Grato! Fotografia, por nos proporcionar uma viagem no tempo. É maravilhoso ver detalhadamente as pessoas, os animais, as paisagens e toda a natureza viva de um passado não muito distante.

  • adorei as fotos parece que estâo vivos ao nosso lado gostaria de imprimir a imagem do homem que parece jesus e do pastor para colocar na minha sala

  • “Depois de descrever a complexa composição étnica do Império Otomano, Karl Marx começa sua descrição da população judia de Jerusalém com o comentário de que “a população sedentária de Jerusalém é de umas 15,500 almas, das quais 4,000 são muçulmanas e 8,000 judeus”

    Ibid, pag 173-174 sobre o artigo escrito em 1854 por Marx, em conexão com o início da Guerra da Criméia, uma de cujas origens foi a disputa pela custódia da Igreja do Santo Sepulcro.
    – Shlomo Avineri, em “21 voces maestras del judaismo contemporaneo” , de Bernardo Kliksberg (compilador), pág. 175, Editorial Milá, Buenos Aires –

    Muito provavelmente a grande maioria dos palestinos fotografados eram judeus, afinal nessa época os árabes-muçulmanos de países vizinhos ainda não tinham imigrado para o territorio para forjar uma nova identidade e poder exigir ainda mais terras.
    Quem diria,os judeus orientais além de serem verdadeiros “palestinos” eram também sua grande maioria.

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