Computador novo em casa e a necessidade de arrumar a bagunça surge. Organizar três HDs externos, transferir, conferir, fazer mais backups, rememorar coisas antigas.
Nas re-descobertas, esta capa do Guia Quatro Rodas de 2001.
Em 1999, passei uma semana em Fernando de Noronha só fotografando. Na época, colocar belos cromos em bancos de imagem era parte do meu trabalho. Como dizia um colega: “é uma poupança”. É verdade. Todo mês a poupança ainda rende.
Bem, voltando para Noronha… Fui com uns 20 filmes Provia 100 da Fuji, uma Nikon F5 e algumas lentes. Andei por toda a ilha e fiz de tudo.
Mandar para a Fuji em São Paulo e esperar o Sedex voltar com os slides era a melhor parte. Encurtando a conversa, consegui emplacar a capa do Guia Quatro Rodas de 2001.
Já se foram 10 anos e os 700 cliques (mais ou menos o que fiz naqueles oitos dias em Noronha) voltaram com tudo nesta arrumação aqui em casa.
No meio de tudo que se ganhou com as câmeras digitais, a espera é de fato uma das maiores perdas. A gente refazia as imagens na memória, sonhava com elas, inventava fotos que não havia feito, e descobria outras tantas quando as cópias chegavam do laboratório. Esse delay era fundamental pra colocar a gente na condição de espectador da própria imagem. Em contrapartida, desde que elas passaram a se entregar assim tão rápido, nunca olhamos tão pouco para nossas fotos. Mas ainda temos a chance de encontrar um HD guardado no fundo do guarda-roupa depois de mais 10 anos. É só torcer para que os dados ainda estejam lá e para que algum programa ainda consiga decifrá-los.