Sabatina Folha – Marta Suplicy from Garapa on Vimeo.
Fazer jornalismo multimídia é “andar” com um celular Nokia N95 no bolso? Acho que não. Quer ver quem faz um belo jornalismo multimídia no Brasil? Com conteúdo, planejamento e o mais importante: Informação. Vá no Garapa.
Nas palavras deles: “Somos um coletivo de produção jornalística audiovisual, multimídia (pensamos em usar “agência”, mas achamos muito burocrático). Nosso objetivo é produzir conteúdo de qualidade para distribuição nos mais diversos canais, em especial a internet. Acreditamos que esse formato pode ajudar a humanizar a notícia, colocando o público em contato mais orgânico com a informação”.
O Garapa é formado por Leo Caobelli, Paulo Fehlauer e Rodrigo Marcondes.
Claudio Versiani do PicturaPixel já falou deles. Carla Romero do Granulado já falou deles. Mas, coisa boa é para repetir e falar novamente.
E o mais importante: no pouco contato que tive com eles (com Paulo e Leo), deu para sacar que os caras são gente boa.
Acho que a primeiro vez que tive no Garapa foi em abril com um slideshow sobre a cobertura do Caso Nardoni, clique aqui para ver. Fiquei impressionado. De lá para cá, a coisa cresceu. Os caras já estão tendo o retorno merecido e fazem vídeos para a MTV, clique aqui, e teve um espaço ótimo na cobertura das eleições para a Folha de S Paulo, clique aqui.
Um dos últimos multimídia que vi foi da Bolsa de Valores de São Paulo. Show de bola!
Fala rapaz, tudo certo? Primeiro, valeu pelo post, depois a gente te paga, heheh. Só queria fazer um comentário, justamente sobre o N95. Concordo que jornalismo multimídia não é, como você disse, andar com um N95 no bolso. Da mesma forma que fotojornalismo não é andar com uma Mark III a tiracolo. Vivemos tempos muito interessante justamente porque pouca coisa está consolidada, e isso abre caminho pra muita experimentação. Inclusive com celular. Se as empresas mandam o repórter de texto pra pauta com um N95 pra cortar custos, é porque é assim que eles vêem a função do jornalismo, um mero produto que independe do conhecimento ou da habilidade do profissional. É uma pena, mas talvez seja também um alerta à absurda confiança que depositamos nessas empresas. Pensando em tudo isso, das três palavras que resumem a Garapa, em vez de “Multimídia”, eu fico com “Independente”.
P.S.: Ainda sobre o N95, veja esse site e diga se não é jornalismo ou se não é multimídia: http://urblog.com.br/
Abraço!
Grande Alexandre,
Fico extremamente feliz em saber que tens gostado do resultado de nossa labuta por aqui.
Entrando um pouco na discussão do post, realmente acho que tem gente que faz coisas ótimas com celular, como a Juliana Mundim (http://www.pocketfilmsfortravelers.com/) – mas para qualquer audiovisual , mesmo sem pretensão é necessário uma pré-produção, pensamento, pesquisa, tema, foco… enfim, essa coisa da reunião de pauta que foi esquecida. De pensar uma história antes de achar que já se tem informação suficiente para contá-la.
Coincidentemente acabamos de sair de uma entrevista que fizemos com o Toni Pires para a próxima Alcóolicas da Garapa. Conversamos muito sobre essa acomodação dos jornalistas, especialmente dos fotógrafos, em reclamar das pautas que recebem, mas não sugerir nenhuma, não ir atrás da sua história, quase transparecendo uma vacuidade do que contar.
Temos diversas formas de narrativa, desde a fala até as representações visuais em desenhos rupestres, passando por hieroglifos, escrita, pintura… então, como bem disse o sidclei, a parada é convergir, ajuntar, somar e multiplicar. Fazer nascer a história tão bem contada como nos tempos de grandes reportagens.
O que parece utopia é bem mais simples do que se pensa. Basta não ficar acomodado na redação e usar o espaço virtual como meio de exibição e propagação de conteúdo.
E segue o barco que o vento é bom e a maré tá cheia!
Fazer jornalismo multimídia é “andar” com um celular Nokia N95 no bolso?….. huahuahauah uma cutucada básica nos “mobile jornalistas”?? ehehe
Nem mobile, nem multimidia, nem interativo ou polivalente. A parada é jornalismo convergente. E isso vai dar em um grande racha na cuca de fotografos, jornalistas e todos que fazem parte da cadeia produtiva de uma redação.