Foto: Francesco Zizola | Raw + Tratada pelo 10B
Não quero levantar novamente a lebre sobre tratamento, raw, etc. Mas, vou trazer de volta um post antigo (15 de abril) do Olhavê que bateu o recorde de comentários: Muito Photoshop?
Hoje, a partir do Twitter do fotógrafo Jean Schwarz, cheguei no site da 10B Photography (empresa de tratamento de imagem) onde tem uma matéria com o título “Fotojornalismo e ética no laboratório digital…” que trata da desclassificação do dinamarquês Klavs Bo Christensen de um concurso por ter dado um tratamento “exagerado” nas fotos. Todos os detalhes estão no post que mencionei acima.
A 10B trata imagens para a Noor, AFP, Magnum, VII, Contrasto, entre outros clientes.
Bem, a matéria é quase uma aula com jeito de manifesto (ou o contrário) contra a desclassificação do dinamarquês. Bastante interessante! São várias páginas com exemplos de tratamentos feitos pela 10B para fotógrafos “ilustres”. A foto de Francesco Zizola que ilustro este post, por exemplo, ganhou um prêmio do World Press Photo em 2007. Zizola participou do 5º Paraty em Foco e foi entrevistado pela jornalista Simonetta Persicheti. Ele é fotógrafo da Noor e um dos proprietários da 10B.
Por curiosidade, fui no site do World Press Photo 2010 ler o regulamento. Acho que eles acrescentaram um novo item e para quem está preparando material para este ano, o item 15 é bem claro:
O conteúdo da imagem não pode ser alterado. Apenas são permitidos retoques que estejam em conformidade com os padrões atualmente aceitos na indústria. O júri é quem tem a palavra final em relação a estes padrões e pode, segundo a sua opinião, solicitar o arquivo original, não retocado conforme captado pela máquina fotográfica ou uma digitalização sem tonalidade do negativo ou diapositivo.
E agora?
“O júri é quem tem a palavra final”
“retoques que estejam em conformidade com os padrões atualmente aceitos na indústria”
Foto: Paolo Pellegrin/Magnum | Raw + Tratada pelo 10B
Oi Pio, eu de novo.
Escrevo ainda sob o impacto de dois trabalhos contundentes que acabo de ver aqui no OlhaVê. Acho que as fotografias de Arnaldo Carvalho (prêmio Esso) e de Rodrigo Braga (Desejo Eremita) são exemplos que sublimam a discussão que estamos tendo.
O trabalho de Rodrigo me faz entender um pouco melhor o seu ponto de vista. É conceito em um de seus estados mais puros e tentativas de vinculá-lo à realidade só desmerece os dois, o trabalho e a realidade.
Já o trabalho de Arnaldo, bem, não tenho coragem sequer de insinuar qualquer subjetivação àqueles quatro dentinhos chorando de fome. Subjetivá-los seria esvaziar o grito de alguém que conhece a luta pela vida antes mesmo de saber direito o que é viver. Como escrevi em minha entrada anterior, não existe subjetivação ou autoralidade suficiente no mundo para aplacar tamanha crueza. Se isso não é real, então não sei mais o que é, nem tampouco me interessa viver em um mundo deslumbrado onde a dor alheia é tratada como um ponto de vista de autor.
Só existe espaço para o sonho se houver espaço também para a realidade. E cada qual em sua seara, sem generalizações.
Oi Pio,
Concordo plenamente com você quando diz que a ficção é uma linda ferramenta para entendermos e expressarmos as nossas ideias e impressões do mundo. Contudo, não creio que tudo seja ficção. Não creio que a vietnamita nua correndo de um bombardeio de napalm pertença a um mundo absolutamente novo criado a partir do momento em que aquela fotografia se fez. Aquilo aconteceu, Pio, aquilo realmente aconteceu. Você até pode tentar subjetivar aquele momento, mas nunca vai haver subjetividade suficiente para aplacar a crueza da realidade daquela cena.
Mas não quero ficar aqui analisando caso a caso toda a história da fotografia. Cada imagem carrega consigo doses diferentes de realidade e ficção e entender isso é o suficiente para que se afirme que se existe ficção, também existe realidade; num mundo, e numa fotografia, onde tudo é ficção, a ficção perde o seu sentido. Justamente por respeito ao valor da ficção na fotografia, defendo a existência nela de um viés de realidade igualmente forte e contundente.
Adoraria ter uma citação inteligente para fazer agora, mas vou ficar devendo essa para você. 🙂
É realmente uma pena estarmos tão longe um do outro. Queria poder discutir com calma essas coisas com você, sem ficar me embolando o tempo todo em idéias e palavras, essas por sinal, igualmente autorais, subjetivas, interpretativas, reducionistas, ficcionais e absolutamente pessoais. Ou seriam essas adjetivações pertencentes somente à fotografia?
A única verdade que dá para seguir é o fato de que a fotografia sempre cria mundos.
Ela nunca, independentemente da vontade do fotógrafo, relata uma simples existência. A partir do momento em que se faz uma fotografia, se faz, também, algo absolutamente novo, criado a partir dali e recriado em todos os momentos em que a revemos.
A ficção é uma ferramenta(linda) que temos para entendermos e expressarmos as nossas ideias e impressões desse mundo. E na fotografia ela é essencial e inerente. Fotografou, ficcionou.
Adjetivar algo como verdade, já é uma ficção.
Fica o “amigo” Kiarostami para pensamentos a mais:
“Seja documentário ou ficção, o todo é sempre uma grande mentira que contamos.
Nossa arte consiste em contá-la de modo que acreditem nela.
Se uma parte é documentário e outra parte é reconstituição, isso diz respeito ao método de trabalho, não ao público.
O mais importante é alinhar uma série de metiras de modo a alcançar uma verdade maior.
Mentiras irreais, mas de algum modo verdadeiras.
É isso que importa […] Tudo é inteiramente mentira, nada é real, mas o todo sugere a verdade…”
Abbas Kiarostami
Viva o que a gente chama de verdade! É algo tão subjetivo que beira uma mentira. A verdade é antes de tudo uma fantasia.
bjs
Nisso concordo totalmente com você. Fotojornalismo é um bem muito difícil de ser encontrado nas páginas de jornal.
Não, não foi isso que eu falei.
Eu falei que o discurso é mentiroso.
DEVIA ter compromisso com a verdade; mas não tem.
Veja o que é feito em 90% da mídia nacional; ficção.
🙂
Abraço,
Clicio
Caro Clício,
Você realmente acredita em um fotojornalismo – e, por extensão, em um jornalismo – que possa ser feito sem um “compromisso com a verdade”?
Se sim, gostaria de entender como então você diferencia uma peça documental de outra de ficção.
abs,
anderson
Georgia diz:
“Cabe na fotografia uma visão de mundo, que pode não ser a minha nem a sua, mas é onipotente.”
A visão de mundo da fotografia pode certamente ser onipotente; mas o fato é que hoje ela se pretende onipresente e onisciente, e isso induz à falsa percepção (a velha história…) que fotografia “é o fato”.
Veja o comportamento dos adolescentes: escrevi um pequeno artigo (fotografia e inclusão: http://migre.me/di1t) onde se percebe que o fato, o acontecido é menos importante que o registro; sem o registro, o fato não aconteceu realmente (ou não pode ser comprovado).
Por outro lado, você fala:
“O recurso estético é substancialmente uma força de interstício de códigos, de elementos que estão na imagem. Devíamos relutar certos aforismos reducionistas e pensarmos que só guardamos e nos comunicamos com as fotografias porque as damos sentidos.”
Perfeito; por isso não se justifica a insistência do fotojornalismo ao falar em “fotografia pura”, “compromisso com a verdade”, “a verdadeira fotografia”, discurso antigo, mentiroso (comprovadamente sabemos que todas as fotografias-ícones do jornalismo foram “alteradas”) e como você bem diz, reducionista.
Liberdade para a fotografia!
Clicio
Com efeito, a fotografia pode tudo!
A fotografia já nasce instaurando sua própria visualidade. Ela sempre foi fruto de um ponto de vista, de interpretação e intenções. De tentativas de procedimentos técnicos que ampliasse a exploração do olhar.
Cabe na fotografia uma visão de mundo, que pode não ser a minha nem a sua, mas é onipotente. Cabe, sobremaneira, também a fabulação, a narração, a liberdade de criação… Quanto ao fotojornalismo e sua linguagem, recai um peso e algumas medidas que já deveriam ter sido suplantadas. A “verdade” é aquela que se apresenta a quem presencia um fato ou situação. Entendam que não se trata de forjar. O recurso estético é substancialmente uma força de interstício de códigos, de elementos que estão na imagem. Devíamos relutar certos aforismos reducionistas e pensarmos que só guardamos e nos comunicamos com as fotografias porque as damos sentidos. E, sinceramente, aí reside a questão: importa se ela foi tratada ou não?
Minha opinião é a seguinte:
O resultado final é o que interessa… “ou seja, a foto no papel ou na tela.”
O que foi utilizado ou deixou de ser não tem importancia, arte é isso…
e fotografia é arte… O Artista busca meios arcaicos ou modernos de melhorar, distorcer ou até mesmo destruir a imagem… sendo assim mtos são sacrificados e outro idolatrados… Cabe a cada artista saber a hora de utilizar ou não utilizar recursos…
P.S.: Recomendo muito a leitura dos editoriais de Pedro Meyer: http://zonezero.com/editorial/editoriales.html
Essa “objetividade” da máquina é um mito que já deveria ter sido derrubado há muito tempo. Se na película isso já existia, com o digital a subjetividade fica escancarada. O sensor da câmera já transforma uma informação luminosa em informação digital (zeros e uns) com uma interpretação específica de cada sensor. Os zeros e uns da Canon são diferentes dos da Nikon, da Panasonic, ou mesmo da 5D, da 7D, da 300D. Essa informação já é processada (ou seja, interpretada) desde o início.
Daí pra frente, só temos mais e mais camadas de interpretação: o Camera Raw é da Adobe, ou seja, tem um código específico (e proprietário, cuja chave só a Adobe possui) para interpretar a informação. Além disso, cada monitor e cada impressora têm seus próprios processos. Mais além ainda, cada pessoa tem olhos que interpretam de formas diferentes.
Ou seja, querer delimitar as formas “autorizadas” de interpretação é no mínimo ingenuidade, mas eu iria além: essa defesa acirrada do “original” e do objetivo é, para mim, uma tentativa de manter uma estrutura de poder (oh, o magnânimo juri!) que não faz mais o menor sentido na realidade em que vivemos; é sustentar um castelo de areia enquanto a maré sobe.
Viva as múltiplas interpretações! A História já provou que pensamentos totalitaristas só podem dar em merda.
Abraços!
Ivan,
Que bom, estou precisando ver esse assunto tratado sob uma outra perspectiva.
As questões sobre a veracidade da fotografia, o simulacro, o referente, são filosóficas e bastante interessantes.
Meu ponto de vista pessoal é que uma fotografia não é o objeto, não é o referente, e portanto é sempre um simulacro. É dever do artista interpretar suas próprias idéias sabendo que não está duplicando o objeto fotografado, portanto com liberdade e sem preocupações com o “real”. O jornalismo não entende isso, mas sempre modificou e processou as imagens.
As interpretações por parte do observador são as mais diversas, e psicologicamente as reações podem ser muito interessantes. Na publicidade o distanciamento é levado a extremos, onde não há em muitos casos nem mesmo a mais tênue ligação da imagem mostrada com o objeto real; mas mesmo sabendo disso, o sonho leva as pessoas a desejarem aquilo que está sendo mostrado.
De qualquer forma vou esperar pelo seu post, já que conversar é comigo mesmo!
🙂
Clicio
Clicio;
Estou escrevendo o próximo do Fotografia em Palavras que debate a razão desse status de realidade da captura fotográfica, dessa coisa grudenta, e o ponto de vista do artigo eu tenho certeza se deslocará um pouco do eixo habitual desse debate (que é chato da forma como feita).
Escrevi o artigo à mão mesmo, em um dia em que meu trabalho resumiu-se a esperar, e agora estou “dando uma bola” e digitalizando. Acho que lá para semana que vem virá.
Olá amigos, acho que o tratamento sempre será um assunto polêmico enquanto houver hipocrisia e falta de bom senso. Aliás, o bom senso pode gerar polêmica também, pois cada um tem o seu.
Grande abraço a todos. Deus abençoe
Pra mim a fotografia não é arquivo. Nem Raw nem JPG. Fotografia como arte puramente é algo finalizado, tratado e bem apresentado, independente de Raw, Jpg, Tiff ou negativo. Não é atoa que qndo um fotografo vende seu print é ele o encarregado de escolher o laboratorio do print e a moldura que mais combina, isso porque esses detalhes tambem fazem parte da boa fotografia. Até Cartier-Bresson tratava suas imagens subexpondo ou super expondo áreas de acordo com seu gosto apurado, claro que em menores graus, porem pra exigir agora uma foto purista sem tratamento é arcaico. Isso não passa de uma forma de quererem matar a fotografia moderna.
O estranho seria uma empresa de tratamento de imagens fazer uma matéria contra o tratamento de imagens.
Ivan:
“Enfim, essa idéia da fotografia-verdade é uma idéia grudenta do senso-comum…”
Não tem fim.
As despreparadas pessoas simplesmente não pensam, ou não tem cultura visual suficiente para descartar tal falácia (fotografia=verdade) como mera representação do “real”.
Tô cheio desse assunto bobo.
O problema é a persistência -que já é gaiata, meio ridícula- da idéia de fotografia ser verdade. E mantendo essa idéia é natural que se exija que a fotografia seja “como capturada”, visto a câmera ser tomada como “máquina da verdade”.
Contudo, não é a fotografia que é verdade… é a narrativa, que pode ou não ser verdade. Uma fotografia perfeitamente intocada pode mentir pela aproximação de planos de uma tele, relacionando coisas que na cena original não estavam relacionadas mas eram meramente simultâneas (vide o caso do Obama olhando para a menina), e uma fotografia altamente tratada pode ser verdadeira, significando que ela descreve a cena de uma forma que não seria possível na fotografia intocada mas que é não apenas verdadeiras mas pertinente.
Essa é a verdadeira questão: a descrição é pertinente? É aquilo que é importante mostrar?
Enfim, essa idéia da fotografia-verdade é uma idéia grudenta do senso-comum, que infelizmente é adotada por fotógrafos ou por quem gravita a produção fotográfica, criando assim uma ortodoxia sem sentido algum.
Acredito que os extremos é que devem ser evitados.
O excesso de manipulação, como já se comentou muito bem aqui, e o desleixo ou comodismo de deixar os ajustes automáticos da câmera dirigirem seu trabalho.
O tema levantado pelo Marco é outro que tem sido exaustivamente discutido, mas acredito que no final o que deve ser considerado é o olhar do fotógrafo, sua interpretação, mesmo no fotojornalismo, e o que pode e deve ser condenado é se há interferência ou manipulação da cena em si, alterando ou removendo itens e ou pessoas (como também já se discutiu bastante neste e em outros espaços).
Abraços
atualmente é a palavra-chave que particulariza os conceitos de Ética (uma instância quase sobre-humana do comportamento social) e da Moral (esta sim, temporal e até industrial). Juntar as duas coisas é mais complicado do que querem fazer parecer.
Vivemos o descalabro do rolo compressor da informação, com seus vícios de linguagem naturais e interesses comerciais apriorísticos, ao mesmo tempo que procuramos nos manter na linha (pra inglês ver, claro) com manuais, regulamentos e juntas provisórias autonomeadas —dioturnamente alertas— cada vez mais irracionais e hipócritas.
Para reforçar os posts dos colegas tenhamos em conta que essa “realidade fotojornalística” exigida como “reflexo fiel da realidade” é no mínimo cômica, haja visto, só pra citar um exemplo clássico, famoso e iconizado que a foto de Joe Rosentall sobre a conquista de Iwo Jima pelos aliados não é o tal “reflexo fiel da realidade”. E ainda, que a interpretação do observador da foto é conduzida pelo ângulo de captura da cena, que pode levar a outra visão da realidade diferente do acontecido.
Sim Marco – o conteúdo não pode ser alterado – mas é sabido que filmes e sensores possuem um latitude menor que há nós humanos é provida. Vemos coisas que não conseguimos registrar em um só clique e assim, sendo, fotógrafos desenvolvem (ou adotam) técnicas para levar suas imagens mais próximas do que os olhos vêm. Há os exageros dos HDRs artisticos que não cabe aqui debater no momento. Mas veja os dois exemplos que ilustram o texto do Belém e note que não se alterou a informação jornalistica e sim usou-se a técnica digital para trazer a imagem a uma realidade que vemos e não conseguimos registrar.
Fotografar pensando nos detalhes das sombras é uma realidade com o RAW, pois sabemos que a informação nas luzes altas está lá e é possível de ser recuperada dando mais latitude ao finalizar-mos a imagem.
Podemos usar filtros graduais de densidade neutra e ser aceito como imagens de fotojornalismo! Mas não podemos fazer o mesmo digitalmente que somos manipuladores de imagens? O resultado final não é o mesmo!
Criar informação é diferente. É agregar ou retirar aumentando o impacto de uma imagem. Algo que não existia na realidade. E se pensarmos em retirar e ou colocar elementos numa imagem manipulando a informação atravez da composição (cortando o que desejar do quadro, alterado um ângulo para valorizar o detalhe, etc)é aceito e premiado por haver um negativo ou positivo sendo apresentando como real.
O problema e quando deixamos aberta a decisão de modo muito amplo a quem julga, dando a esses um poder subjetivo de decidir o que é alteração da verdade joprnalistica a ponto de considerarem que a técnica de registro não possibilita o céu estar azul devido as informações que temos nas sombras e jogar todo o apredizando e desenvolvimento técnico de um fotógrafo no lixo qualificando-o como uma mentira.
Abraços
Ayrton e Pepe estão, na minha opinião, cobertos de razão, mas me parece que o foco aqui é onde a imagem vai ser usada. Em qualquer área que não o fotojornalismo, o tratamento, não importa e extensão, é considerado normal e não causa discussão, mas essa necessidade da foto ser um “reflexo do real” ainda persiste no fotojornalismo, como um esteio à propagação da verdade, como se o fotojornalismo fosse composto apenas de fatos reais e imagens que traduzem exatamente o que aconteceu naquele momento. É uma longa e árida discussão, e não vejo consenso a curto prazo.
Abraços
Estava pensando no Ansel Adams quando li o post do Pepe.
Então acrescento: e os prints do Sebastião Salgado? Tem muito contra – luz e se for imprimir direto do negativo nunca virá como apresentado em seus livros e expos. abs, Edu LYRA
Vamos lembrar de um fotógrafo somente, aquele que captava a cena com um determinada técnica, depois revelava o negativo de forma a atingir suas anatoções no momento da captura e finalmente ampliava de forma corretiva à obter o resultado por ele desejado. Escreveu uma trilogia a respeito de sua técnica e é reverenciado permanentemente pela comunidade fotográfica mundial. Por que a forma por ele usada para manipular a imagem é mais aceita do que a atual? O trabalho digitalmente para alterar curvas de cores, contraste, nitidez não semelhante ao que ele fazia?
Ele não alterava o conteúdo de suas imagens e sim ajustava para a realidade que seus olhos viam. Ele dava as sua imagens a sua interpretação. Ele assinava a sua criação como Ansel Adans.
Abraços
Acho ridículo.
Na verdade quando eu fazia filme negativo, depois eu ia ampliar do jeito que EU queria, intensificando a parte que EU queria.
Quando fotografava em cromo, na hora de revelar, muitas vezes eu decidia como EU queria que fosse revelado, se puxando mais ou menos, ou se fazendo um cross process.
Em outras palavras parece que os caras estão querendo só se fotografe em JPG, e tenha que ser considerado como o ORIGINAL a maldita interpretaçnao da CAMERA e nnao a do fotógrafo !
Pô pera aí, quem vai mandar é o erquipamento. E então se fizer o mesmo click com uma canon e uma nikon, teremos fotos diferentes.
mas o RAW ele ainda nnao está definido. Tudo está ali para que O fotógrafo decida como quer “revelar” aquela imagem.
Acho realmetne uma palhgaçada esse papo de que tem que estar igual ao que a camaera captou. 🙁
Abçs
Ayrton