Por onde anda Henri Cartier-Bresson?

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Foto: Thiago Biz

A mesa “Por onde anda Henri Cartier-Bresson?” com Zeca Linhares (meio) e Eder Chiodetto (direita) foi marcada pelo antagonismo de percepções. Percepções minhas, pode ser.

Zeca Linhares adentrou numa linha mais histórica e alinhavou a sua fala nos clichês Bressonianos. Depois de dois anos cheios de HCB, como foram 2008 e 2009, fica meio cansativo. Porém, Zeca traçou algumas ideias interessantes como o fato de HCB registrar “o maravilhoso”, muito mais do que o momento decisivo. Categorizou algumas firulas de Cartier-Bresson, como a espera; o ambiente, a luz; o recorte; o horizonte; a geometria; o tiro; o não mostrar o drama entre outros. Tudo marcado pela nostalgia característica quando se fala de HCB.

Eder Chiodetto veio com a bagagem da curadoria da exposição no Sesc Pinheiros (SP) que levou mais de 160 mil visitantes, um dos recordes de 2009. Baseando-se na tentativa de recontextualização da obra de HCB para analisar se ela ainda continua referência, Eder debateu sobre alguns aspectos da cópia vs. referência e os mitos. Sobre HCB, Eder afirmou que ele “lia o tempo de forma diferente de como nós lemos”. Era o tempo dele.

No final, o curador mostrou algumas fotos da outra exposição que foi feita paralelamente com a de Cartier-Bresson, chamada “Bressonianas” e conta com autores brasileiros influenciados pelo mestre francês. São imagens de Juan Esteves, Cristiano Mascaro, Tuca Vieira, Flávio Damm, entre outros. Zeca Linhares, notadamente em disacordo com a linha curatorial, afirmou que o único brasileiro bressoniano é J. R. Ripper.

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