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Amas de leite e suas representações visuais

Este artigo aborda, através da antropologia visual, os retratos de família que registram a presença das amas-de-leite e suas significações no âmbito simbólico, social e cultural da vida privada da sociedade patriarcal-escravocrata canavieira de Pernambuco no final do século XIX e início do XX.

O caminho da memória

Nos primeiros encontros, o que prevalecia era o silêncio. Sentia que a vida deles estava submersa sob rígida camada de convenções sociais de uma época. As diferenças eram muitas.

A imagem de fora e de dentro

Nem sempre o que acreditamos ser uma simples questão de aparência e vaidade, é algo tão superficial ou frívolo. É certo que, atualmente, com este mundo acachapante das celebridades, não é difícil considerar que o registro fotográfico tornou a individualização da pessoa retratada tão banal que vemos, gradativamente, a construção da imagem de um indivíduo-objeto. E o que vem à mente é apenas vaidade, vaidade, pura vaidade. Estabelece-se assim, a necessidade da aparência de alguns que alimentam a curiosidade de outros. E nada preenche nada. 

Fotografia e Memória

A partir de uma análise sócio-cultural da iconografia pesquisada, remontei narrativas simbólicas e pautas sociais determinantes para a aristocracia canavieira. De maneira que abordei as representações visuais e conseqüentemente seus valores sociais – verdadeiros índices, quanto a questões de parentesco, gênero,  cânones morais, religiosidade, costumes e relações interétnicas. Entretanto, ao discutir sobre identidade (algo indelével aos retratos), se observa a alteridade entre dominantes (senhores de engenho) e dominados (escravos); de como se constrói a imagem do outro e portanto como os paradigmas estéticos são elaborados enquanto mecanismo de distinção social, como também expressão de poder e ideologia