A arte barroca (séc. XVII e XVIII) que se desvela dentro de uma historicidade, estabelecida como ideologia religiosa (em defesa da Contra-Reforma), política (poder Absolutista), colonialista – empregada como missão de persuasão e aculturação (domínio de ânimos dos colonizados) – e criada pela Igreja Católica, respaldada pelo Concílio de Trento (1563) que ditou as regras dessa arte, transforma a estética em objeto de propaganda de um status quo e em manutenção da ordem social-política-religiosa. Em solo pernambucano, os portugueses trouxeram a ideologia, o esboço da sua arte barroca. Não foram inócuos, mas a própria região deu conta de trabalhar o estilo Barroco com características peculiares.
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Barroco Pernambucano (2)
Os holandeses lançaram a seguinte fórmula para perpetuar as diferenças estilísticas na arquitetura: não permitiram que os moradores de Olinda desmontassem suas casas para aproveitar o material em novas construções em Recife. Assim, quem fosse pego desmontando ou roubando uma telha ou tijolo sem a devida permissão era punido.
Barroco Pernambucano (3)
O que podemos ponderar, sem contudo ser definitivo ou conclusivo pois a temática não se esgota e aí é onde reside o fascínio e virtuosismo do barroco, é que em Pernambuco características pontuais do estilo importado da Europa causaram efeitos: criatividade e poéticas autênticas. Permaneceram com os preceitos básicos de maximizar o ritmo e a harmonia, sem lançar mão da arte minuciosa e elaborada – peculiar dos entalhes, das pinturas e das esculturas em pedra.