A dificuldade em conectar a internet na madrugada de quinta, me impediu de mandar o primeiro post. E a dúvida persistiu, o problema era a rede, ou a cerveja de Paraty é mais forte?… rs
Chegamos na quarta-feira, de verdade o festival começa hoje. E nada melhor do que acordar, dar uma caminhada perto do mar e logo depois ir para a mesa de debate sobre a Fotografia Pernambucana.
Depois dos informes do dia apresentado pelo bom humor de Iatã, Juan Esteves começa a chamar os participantes. Na sua fala inicial, Juan atenta para o detalhe do festival estar expandindo “os sotaques”, quebrando o caminho saturado do eixo Rio-São Paulo.
Na mesa, mediada por Pio Figueiroa, um dos integrantes do coletivo Cia de Foto, um extrato da melhor produção e pensamento de Pernambuco.
Eduardo Queiroga, Alexandre Belém, Luciana Cavalcanti, Rodrigo Braga e Mateus Sá, tentavam esclarecer “a nova fotografia pernambucana”.
O mais interessante, em ouvir estes jovens talentos, é perceber a lucidez que move o pensamento e o fazer destes profissionais.
Em alguns momentos, depois de dizerem que a fotografia tem forte participação do Estado, um pouco se debateu como o Estado ajuda a fotografia de Pernambuco.
Tomo a liberdade de subverter esta ordem. É a fotografia é quem está apoiando o Estado. Fruto de trabalho árduo e de sementes plantadas no passado, que agora o Governo do Estado e a prefeitura tem profissionais competentes trabalhando com e para a fotografia.
E para não me estender demais nos comentários, afinal a cidade histórica pede caminhadas e visitas as exposições, termino dizendo que a lucidez destes profissionais, nos presenteia com trabalhos criativos e competentes.
Sem contar é claro no prazer de ouvir pessoas, inteligentes, bem humoradas e cheias de orgulho de habitar uma das capitais mais importantes e criativas do país.
Na minha opinião a nova fotografia de Pernambuco é a vitória de cabeças pensantes e egos domesticados. Num mercado tão competitivo como o da fotografia, encontrar pessoas interessadas não somente em achar o seu lugar ao sol, Pernambuco nos mostra que o sol é forte e pode esquentar a todos.
Toni Pires de Paraty.
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