Mariana Guerra

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Fotos: Mariana Guerra – Série “Lume” (2009)

Não espere que as fotografias de Mariana Guerra refutem algo. O fotojornalismo costura a trajetória desta fotógrafa. Após anos do frenesi do jornal, pondera que fotografar vem se tornando para ela algo “especial de luxo”. No lugar da ansiedade, agora a consciência do que se quer captar predomina. Percepções de quem respira o ofício e reavalia seu olhar. O olhar de Mariana não vacila, conta-nos precisamente uma história. Revela-se uma busca pela concisão, por algo como diz a própria “de luxo”. Ou seria objetividade?

Para Mariana Guerra, o ato de fotografar, às vezes, acontece ali na sua frente, sem que ninguém espere: “Me fazendo sentir instrumento do acaso”. Em tom filosófico fala da racionalidade e da intuição de maneira bem resolvida, pois acredita que “em certos casos a fotografia existe na nossa cabeça só faltando ser executada”. O olhar de Mariana guarda uma inquietude de quem vive da fotografia sem cerimônias. Gosta da multiplicidade de observar o trabalho dos outros através de flickrs. E reconhece nos amigos fotógrafos parte de seu aprendizado. Ao citar um amigo como sendo apaixonado pela fotografia, afirma: “Exatamente como uma fotografia deve ser”.

Georgia Quintas, outubro de 2009.

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Série “Não vivo sem escova” (2007)

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BIOGRAFIA

Recife (PE), 1977

Sou Pernambucana, nascida em Recife. Comecei a viver de fotografia em 1997, quando cursava jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco, onde me formei. Ainda no começo do curso, comecei a trabalhar no Jornal do Commercio e estou nele até hoje.

Em 2003 iniciei com mais 14 fotógrafas pernambucanas, o grupo “Vixemarias”. A intenção inicial do grupo era, entre mulheres, discutir fotografia e libertar a mente do trabalho do dia-a-dia, por vezes, repetitivo. Entre os anos de 2004 e 2005, fizemos algumas projeções e exposições. Com a conversa bem afinada, em 2005, fizemos a exposição “Noite”, na galeria Arte Plural. Considero o nosso melhor ensaio, porque todas as imagens eram inéditas e produzidas exclusivamente para a exposição. Ela resumiu o que queríamos, a experimentação sem limites.

Ganhei por duas vezes o Prêmio Sinduscon de Jornalismo e fui finalista do Prêmio Cristina Tavares há dois anos. Este ano, fui selecionada para participar do catálogo da galeria Arte Plural e já tive fotos publicadas nos principais jornais e revistas do país, através da agência JC Imagem, um produto do Jornal do Commercio. Tive também fotos publicadas em revistas de cultura na Holanda.

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