©David Burdeny | Bent Pyramid from Sacred & Secular, 2009
©Sze Tsung Leong | Dahshur, Egypt from Horizons, 2007
©David Burdeny | Meoto Iwa, Futami, Japan, 2009
©Sze Tsung Leong | Meoto Iwa, Futami, Japan, 2008
Se você achou estas fotos parecidas, o galerista Yossi Milo, de Nova York, também teve a mesma impressão. A galeria representa o artista Sze Tsung Leong e não gostou de ver as obras do canadense David Burdeny.
A série “Sacred & Secular”, de Burdeny é de 2009 e “Horizons”, de Leong, é de 2007/2008. Bem, toda a história pode ser conferida aqui e aqui.
Fonte: PDN Pulse.
Sem contar o caso que o Wank Carmo citou, tenho visto diversos casos de imagens ‘semelhantes’. Por exemplo:
http://jmcolberg.com/weblog/2010/01/when_does_similar_become_too_similar.html
Em função de tantas coincidências chego a pensar que trata-se de “homenagem” em série do David Burdeny a trabalhos realizados anteriormente.
Caros amigos, estamos num incêndio e no lugar do sinistro, vários fotógrafos circulam em busca do enquadramento que melhor possa ser lido, interpretado pelo futuro espectador. Eis que de repente, alguém viu a foto, mas, na retaguarda do primeiro, tem um cara que viu também a mesma configuração estética que dá um toque especial à fotografia que ele pretende levar à redação. Pronto! Teremos dois cliques, feitos na mesma hora, distância focal praticamente idênticas, aberturas, velocidades, etc.
Bem, estava eu fotografando uma índia bem pobre, necessitada mesmo, que raspava o arroz que sobrou sobre o asfalto, numa operação de distribuição política para massas viciadas em bolsa família. Assim que acabei de fazer a foto, uma única foto, pois a luz já estava alta e feia para quem não suporta usar flash para dar aquele preenchimento, aparece um cara e faz praticamente a mesma foto.Fulminei-o com um olhar, o cínico saiu e foi dormir com a consciência tranqüila. Ética! A maldita falta de, ética.
Sinto-me aperreado em fotografar o universo que vivo, porque por aqui já passaram pela amazônia, Claudia Andujar, George Love, Pedro Martinelli, Nair Benedcito, etc e tal. Então, sobrou-me a obrigação de fugir, de esquecer tudo que já vi, para descontaminar meu olhar, minha mente; não permitir-me ser venalmente preguiçoso. Esta é minha preocupação máxima antes de desenvolver um tema, antes de dar o primeiro clique.
No caso dos dois cavalheiros citados inteligentemente pelo editor do blog Alexandre Belém, sobra-me um veredicto: dois pebas!
Em tempo: quando vejo esses tipos de trabalho, sinto-me animado ainda mais em pegar na câmera e sair por aí…
Ahhh…
Então é norte-americano plagiando norte-americano!
Briga de cachorro grande, eu diria.
As outras duas citadas, Loretta e Sanguinetti, essas conhecemos bem…
Hehehe.
Oi Clicio,
Concordo com você sobre “um mundo inundado de imagens como o nosso, com pontos previamente demarcados para a “melhor vista fotográfica””. Perfeito!
O Leong é americano e tem uma carreira já bem conceituada. Na Yossi Milo, ele é colega de Loretta Lux e Sanguinetti.
Valeu.
Caro Belém.
Deve ser coincidência.
Onde já se viu fotógrafos norte-americanos copiarem trabalhos de fotógrafos asiáticos?
Isso não existe, é lenda, mito.
Sem ironias, em um mundo inundado de imagens como o nosso, com pontos previamente demarcados para a “melhor vista fotográfica” dos mais conhecidos monumentos, essas similaridades entre imagens se tornam cada vez mais comuns…
Estranha época em que vivemos!
Abs, Clicio