Foto: Raymond Depardon | Fainting Bride, Bois de Boulogne, Paris, 1956
Esta imagem surgiu para mim com distintas dinâmicas. Apesar do fato prosaico de um possível desmaio feminino, a fotografia, em sua subjetividade, aconteceu em dois estados.
Na câmera de quem registrou e na que foi (talvez) jogada no chão por certa reação. A história nesta fotografia ainda é mais vívida pelo olhar do suposto “fotógrafo” – que não clicou –, mas que introjetou seu tempo de registro ao buscar na câmera a urgência da surpresa de si mesmo. Desse modo, as câmaras fotográficas parecem pertencer ao fato muito além dele.
Por Georgia Quintas.
Mais Depardon no Olhavê, aqui.
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