A edição de número 26 do Pernambuco – Suplemento Cultural saiu. A capa é essa aí em cima. Coloquei as páginas internas no Flickr. Quem quiser ler, no site da Designer Jaíne Cintra tem em alta resolução.
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A crueza dos vestígios
Quando Frida Kahlo morreu, Diego Rivera, seu marido e também pintor, cerrou o que considerava de mais íntimo na casa onde ela havia nascido e morrido: o banheiro. Tomou assim a dimensão de um não lugar, o relicário estanque, guardado por ordem expressa. Até que um dia, a fotógrafa entrou serenamente. Ela e a câmera fotográfica. Somente as duas. Prontas para romperem a morte.
Você insiste em criar vínculos
Se lermos e adentramos nos enredos propostos por determinado escritor, sua imagem será impregnada pelo fenômeno que subliminarmente cria uma norma, um corpo para o escritor. Quiçá não seja a mais justa das projeções sobre o outro. O sujeito que idealizamos e que num fluxo inverso inventamos enquanto personagem. Contudo, estamos capitulando o nível da imaginação que codifica elementos da poesia, da prosa, do romance, da ficção ou do realismo, das epistemologias, das narrativas e de atmosferas poéticas autorais.
Adelaide Ivánova nas Oropa
Robert Mapplethorpe.
Lucila Nogueira
Esta capa é do Pernambuco – Suplemento Cultural deste mês. O editor, Schneider Carpeggiani, me encomendou um retrato da poetisa pernambucana Lucila Nogueira (carioca de nascimento) em alguma boate. Fiquei satisfeito com o resultado e eles também. O melhor foi saber que a retratada também gostou. O bom são esses feedbacks. Lucila falou para Schneider: “diga para o fotógrafo que ele devolveu a minha imagem”. …
A estética do olhar vazio
Em Cadernos Etíopes, a vulnerabilidade de J.R. Duran é contundente. Nitidamente inclinado a mostrar um tipo de trabalho maduro, sério, pretensamente antropológico, tenta ser reconhecido pelo gênero documental da fotografia que, em sua concepção idealizada, estaria inevitavelmente em plagas distantes, inóspitas e com pessoas bem, mas bem diferentes das do seu métier. Suas imagens estão simbolicamente enclausuradas, não respiram atreladas ao seu estilo estetizante.
O bonde está andando…
Foto: Rogério Reis O homem árvore | Na lona | 1994 Faz um mês que o Olha, vê mudou de endereço e tenho notado que muita gente tem chegado e conhecido o blog. Muitos blogs de fotografia tem indicado e alguns grupos sobre fotografia do Flickr, também. Agradeço todos! Para quem chegou por aqui agora e pegou o bonde andando… Algumas dicas: Pode-se assinar o …
O nascimento de uma mulher
Sofri uma traição. Muito por minha culpa. De deixar-me envolver por uma trama de fatos e palavras. De pensar que há pessoas fortes ao extremo, capazes de suplantar as maiores dores da alma e de continuarem sendo superiores à vida que vivemos. Reconheço, sofri uma decepção, daquelas que te deixa sem norte, que te dá um soco no plexo.
Fotografia escrita
O Extraquadro.
O caminho da memória
Nos primeiros encontros, o que prevalecia era o silêncio. Sentia que a vida deles estava submersa sob rígida camada de convenções sociais de uma época. As diferenças eram muitas.