Quantos tempos têm a fotografia?

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Fotos: Thiago Biz

Na mesa “O tempo iluminando o espaço – o território da fotografia”com Pio Figueiroa/Cia de Foto (SP), Claudia Linhares (RJ) e participação de Rubens Fernandes Júnior, o Tempo foi senhor do tempo.

Claudia começou com uma pergunta: “Quando o tempo comparece na imagem?”. Não sei se a pergunta foi respondida ou se outras perguntas foram surgindo. O bom é que o papo foi bem fluido e instigante. Misturando história + filosofia + arte, Claudia deslanchou numa onda bem complexa que até mesmo para definirmos que tempo estamos falando… É meio difícil. Certo momento, pensei que a palestra de Eder tinha voltado. Claudia falou da vida cotidiana e como ela é importante para este tempo da fotografia e é nela (na vida cotidiana) que a fotografia ocupa muito bem o seu espaço. Eder falou a mesma coisa na mesa de Cartier-Bresson. Lembre do ensaio Caixa de Sapato da Cia de Foto.

Pio mostrou alguns trabalhos da Cia que tangem a questão da temporalidade e antecipou um trecho do texto que sairá numa publicação do FestFotoPoa. O professor Rubens Fernandes Júnior mediou muito bem e sempre pontuou de forma construtiva e dinâmica a mesa. Ele também leu um pequeno trecho de um texto que foi publicado no jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Você pode ler, aqui.

Chegando no hotel para atualizar o blog, um e-mail de Georgia com um pequeno texto. Ela tem acompanhado o FestFotoPoa pela transmissão ao vivo e mandou uma colaboração.

O tempo em POA.

Como é bom pensarmos sobre fotografia. E quando paramos para ouvir sobre o tempo e a fotografia? Aí então pode ser encanto e aprofundamento de conhecimento. Hoje, assisti à transmissão online da mesa “O tempo iluminando o espaço – o território da fotografia”. Infelizmente, não vi do começo a mesa. Cheguei atrasada e creio que vi metade da apresentação da colega Claudia Sanz Linhares. Mesmo assim, foi um deleite. É sempre um prazer apreciarmos resultados de pesquisas acadêmicas sendo colocados ao público de modo objetivo, consistente e propositivo. Claudia falou sobre o vigor filosófico que cabe ao tempo da e pela fotografia – o que não é pouco. Suas colocações bem alinhavadas a autores como Maurício Lissovsky foram bastante oportunas. Foi um luxo ver sua fala afinada ao tema. Afinal, Claudia defendeu sua tese de doutorado “Fotografia e Tempo: Vertigem e Paradoxo”, pela UFF (RJ), na última segunda-feira. Pena não estar em POA…

Por Georgia Quintas.

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