Tiago Calazans

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Chronus

Fotos: Tiago Calazans – Série “Chronus” (2009)

As imagens de Tiago Calazans transcorrem tranquilas tentando vislumbrar o que é fotografar. Tiago é um jovem fotógrafo de 20 anos, estudante de graduação em fotografia. Ser jovem tem suas vantagens na busca pelo entendimento e experimentalismo. Tentar se encontrar através da profissão, com passos cautelosos, é outra premissa a favor da consciência do papel que a fotografia ganha na vida de quem a abraça. “Meus questionamentos veem primeiro, depois as fotografias vão comunicar o que penso”, reflete.

Aprender a ver as cores foi um dos aprendizados mais instigantes para Tiago. E a esse processo inseriu-se a prática. Após entender que as cores na fotografia podem e devem ter suas aplicabilidades – seja da maneira que cada um as enxergam –, passou a vivenciar o seu entorno fotográfico praticando em vários campos: fotojornalismo, ensaios para a faculdade e fora dela. Vai assim equilibrando-se no paradoxo de considerar o ato fotográfico intuitivo, “mas dentro de uma razão lógica”.

Em “Chronus”, o fotógrafo desprendeu-se da cor e assumiu o preto e branco. Nesse ensaio, com a prevalência do formato de panorâmicas, Tiago propõe a efemeridade com olhos distantes, observando os encontros e desencontros na orla da praia de Boa Viagem (Recife). O desejo neste trabalho é captar a “simbiose” que o tempo traz às imagens. Entenda-se aqui simbiose, segundo Tiago, como o momento que as pessoas se aproximam e neste átimo sugestiona afinidades entre elas.

As particularidades de Tiago são saber que o seu olhar não só possui o tempo para investigar e expressar-se das mais diversas abordagens, mas, sobretudo, a dedicação em suplantar os obstáculos com serenidade. As cores para os olhos de Calazans são peculiares e ele já entendeu isso… Agora, é continuar fotografando…

Por Georgia Quintas, abril de 2010.

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BIOGRAFIA

Recife (PE), 1989.

Nasci em Recife (PE) no último dia do ano de 1989. Aos 16 anos ganhei uma câmera da Sony que diziam ser “semi-profissional”, comecei a descobrir o que era obturador e diafragma pesquisando na internet. Depois ganhei uma Nikon D40 e me apaixonei.

No último ano do colegial apesar de adorar fotografia tinha convicção que iria lecionar. Até porque fotografia era um curso novo, diziam ser difícil conseguir trabalho com isso por aqui. Fiz dois vestibulares, um para o curso de Letras, na UFPE e outro para o curso de Fotografia na AESO. Passei um ano estudando nas duas faculdades. Abandonei as letras e passei a escrever com a luz. Apesar de adorar as cadeiras práticas, gosto muito de alguns estudos teóricos, Teoria da Imagem, Antropologia Visual, Crítica fotográfica. Me interessam bastante e influenciam minhas imagens.

Hoje, estagio na Editoria de Fotografia do Jornal do Commercio e gosto muito do fotojornalismo. Mas continuo com meus trabalhos autorais.

Apesar de começar na fotografia já com equipamento digital, na faculdade descobri os prazeres da câmera analógica e cada vez mais utilizo essa plataforma.

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