Ela sou eu
Essa camada sou eu. A superfície vocifera sempre diante do sol. Inclemente. Lindo, perfeito para brincar.
A luz, sempre a luz… Não me toque porque me dói.Talvez, pela ausência. Pelo que precisaria ter para não ser.
As camadas são mais subjetivas do que aparentam. Engano achar que são apenas – e tão somente – matéria, algo físico…
A clareza que carrego é que a diferença passa a ser um território. Provoca, sem cerimônias, o olhar do outro. As camadas passam a ser exotizadas. Nem sei muito bem o que isso significa, mas sinto…
Como uma casca que cai e se renova, acho que tudo passa… Com a delicadeza que tenho que ter com ela.
Afinal, ela sou eu.
Esse texto de Georgia Quintas está na revista S/N com o ensaio de Alexandre Severo. Acima, duas páginas duplas das quatro que Severo está ocupando.
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