O final do ano já batendo nas nossas portas e a decoração natalina nas ruas… E ainda há tempo para um livro absurdamente maravilhoso ser lançado e entrar nas nossas estantes. Belo presente para o Natal.
Paris Doisneau, saindo do forno pela Cosac Naify, é algo para se apreciar. Principalmente, para aqueles que só conhecem uma foto de Robert Doisneau… Aquela do casal se beijando.
Tem mais, muito mais.
Depois, quem sabe, escrevo ou mostro outras coisas. Esse post é só pela felicidade de folhear esse livro, na verdade, um livrão com 500 fotos das seis décadas de Doisneau andando pelas ruas de Paris.
E ainda vou cometer uma heresia. Existe um texto escrito pelo próprio Doisneau no começo do livro que já vale a compra. Você lê e fecha o livro. Nem precisa ver as fotos.
Escrito em 1984, o humor ácido e as reflexões sobre Paris são desconcertantes.
Sobre curador, ele fala: “Enquanto eu, deliquente envelhecido que sou, vejo essas pessoas sérias que são os curadores de museus e os bibliotecários fazerem grande caso dessas imagens recolhidas em condições ilegais*, sinto elevar-se em mim um delicioso contentamento. A propósito, uma palavra sobre os curadores: ou são pessoas completamente boas ou completamente ruins”.
*Doisneau fala “condições ilegais” sobre as horas livres e fugidas dos trabalhos fixos para fotografar pelas ruas.
Todo o livro é pontuado por frases e textos do fotógrafo.
Comentário 1