Luise Weiss

Comentários 2

luise1

Fotos: Ricardo Irineu Sousa/Divulgação

luise2

Fotomontagem, 2000-2001

A vida como passagem pelas mãos e memórias de Luise Weiss.

Por Rosely Nakagawa.

No corredor de acesso para o mezanino no MASP, encontrei uma pessoa que não conseguiu falar nada. Engolindo o choro, ela saiu sem se despedir.

A fotografia surgiu como um desejo da pintura. A fotografia no trabalho da Luise Weiss vai além disso; é para ela uma ferramenta de lapidação e prospecção antropológica.

Vasculhando a memória através de imagens de família, ela construiu um universo de retratos em pintura, fotografia, objetos e gravura.

Ninguém precisa saber detalhes do segredo que ela quer desvendar; ela mostra somente o que constrói a partir dos pedaços de emoções. Cria imagens que, ao mesmo tempo, se concretizam e desaparecem no retângulo do papel junto com seus navios que se misturam aos veios da madeira.

Saí depressa sem me despedir de ninguém.

A mostra “Luise Weiss – Paisagens e memórias” reúne 67 obras, entre fotografias, pinturas, gravuras, série de livros e um vídeo que retratam o tempo, as lembranças e o espaço, estabelecendo um diálogo entre imagens do passado e sentimentos do presente. Reflexões de artistas e críticos como Ana Maria de Moraes Belluzzo, Berta Waldman, Evandro Carlos Jardim e Leon Kossovitch completam a exposição, em cartaz até 13 de junho, na Galeria Lateral, no Mezanino do MASP (São Paulo).

luise3

Fotomontagem, 2000-2001

luise4

Série Nebulosas, Xilogravura

Comentários 2

Deixe um comentário