O passado pode ser um bálsamo

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Por Georgia Quintas.

Tenho certo fascínio. Melhor, devo ser sincera, tenho absoluta fixação pela história, fatos e coisas que me mostrem o que não vivi. Tento criar esta memória pela pesquisa. Desse modo, a fotografia passa a ser uma busca em sentir acontecimentos e realidades rarefeitas no tempo atual. Tudo isso, para ressaltar – para os que ainda não o fizeram – a importância da exposição Maureen Bisilliat: Fotografias da fotógrafa Maureen Bisilliat, na Galeria de Arte do SESI – Centro Cultural Fiesp-Ruth Cardoso, São Paulo.

Ainda não a visitei, mas todos são unânimes quanto à qualidade do trabalho exposto, ao requinte da montagem e, sobretudo, à beleza do conjunto. Portanto, será uma exposição histórica.

Para ilustrar este post, fui “buscar” a Maureen Bissilliat. Aqui está ela, na Revista de Fotografia, de julho de 1971. A capa é fabulosa. O ensaio chama-se “Luz e Trevas”. Imagens de um torpor desmedido. Vital para a história da fotografia brasileira, tempos que antecedem vários fluxos editoriais da fotografia no país. A revista foi um marco, linda, consistente e com sopros de vanguarda. Não à toa, está lá outra fixação minha, George Love – editor de fotografia da revista. Gostaria de ter presenciado as famosas aulas de George Love e Claudia Andujar, no curso pioneiro de fotografia do Masp, na década de 70. Ou mesmo, com a Maureen Bisilliat na Em Foco. Não é nostalgia, apenas vontade de experimentar as coisas. O passado pode ser um bálsamo, além de fonte inestimável de conhecimento.

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