As cenas fotográficas de Jan Adamsky promovem uma reflexão complexa sobre o registro cotidiano e a vulnerabilidade do imaginário. O olhar organiza os distintos contextos temáticos ao transcender a materialidade dos fatos.
Publicações da seção Análise de imagem
Nesta seção, reunimos textos analíticos-críticos sobre a poética e a experiência de sentidos na imagem em pesquisas fotográficas. Aqui, estão os autores que publicamos no site, agora desativado, Perspectiva.
Sachiyo Nishimura
Como é sério pensarmos que sempre o que vemos é representação. Quando algo sugere uma relação de reconhecimento, o conforto visual é imediato. No entanto, quando a simplicidade do objeto fotografado é a protagonista da criação, passamos a questionar o que pode vir a impressionar.
Ricardo Labastier
O fotógrafo Ricardo Labastier exprime nesse ensaio a condução de sua percepção instigante, assim como um dos componentes mais caros ao processo criativo: a entrega.
Cristobal Palma
Os poucos mais que três minutos, nos fazem lembrar o teórico Gilles Deleuze, quando avalia que o tempo é necessariamente uma representação indireta, porque resulta da montagem que liga uma imagem-movimento a outra, uma matriz ou célula de tempo.
Javier Ucles
O tema é recorrente. Como não recordar dos retratos no metrô e na rua do clássico Walker Evans. Contudo, há dinâmica e fruição de sentidos no ensaio. A sombra para Javier Ucles é um artefato de linguagem que encaminha o olhar do espectador para o vazio, para a ausência de referentes e de ficções indiscriminadas através de cada retrato.
Lorena Guillén Vaschetti
Cercada de pensamentos sobre o legado visual do seu avô, Lorena nos apresenta o talento de uma grande fotógrafo “anônimo”. As fotografias são incrivelmente sedutoras, delicadas… De um frescor peculiar.
Eduardo Hirose
De certo, o deslumbramento fotográfico na recepção nunca será senso comum, mas pode se revestir em recurso profundo de aproximação diante das fotografias.
Liliana Molero
As paisagens de Presencia são belas. Impressionam pelos tons, pelo esfumaçado que borra os limites dos objetos fotografados. Pela suavidade plástica, a fruição estética transborda.
Para uma compreensão além do visível
Em outras fotografias, o que parece ser domesticado, encenado, ficcionalizado é também a condução de narrativas que redefine a dita realidade dentro de uma perspectiva do improvável.
Momentos que não são seus
O olhar de Olívia parece flutuar, adentrar salas, quartos, casas, sem incomodar o outro, sem abafá-lo. Faz desse gesto de aproximação um encontro poético-antropólogico. Com beleza extrema, nos apresenta facetas da imagem da mulher em sua intimidade de rituais, de situações do cotidiano… Enfim, de momentos que não são seus mas que procura entender com suavidade do seu olhar.