Artigo completo A Fotografia morreu. Viva a Fotografia! do fotógrafo e pesquisador Pedro Karp Vasquez.
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Nunca é só lembranças
“O gesto retomado não traz respostas indolentes. Voltar a um lar não é seguro, é, no mínimo, atravessar a imprecisão de um espaço diluído pelo tempo”, Georgia Quintas em seu novo artigo.
Fotografia é o tema da nova edição da FACOM
Cartão postal sem identificação Saiu a nova edição da revista FACOM. A publicação é da Faculdade de Comunicação e Marketing da FAAP e tem a coordenação editorial de Rubens Fernandes Junior e Ronaldo Entler. Os dois tocam o Icônica. Nesta edição, o tema é fotografia é tem artigos de Mauricio Lissovsky, Cláudia Linhares Sanz, Fernando de Tacca, Rubens Fernandes Junior, Ronaldo Entler, Uriel Orlow e Georgia Quintas. Para …
A fotografia é a arte necessária para o tempo
Tempo anônimo: aquele que não me pertence, que desconheço. O tipo de tempo que não cabe em mim e que, tampouco, está em nós. O outro retratado – auto-representação, personagem contido na pose – guia a problemática do tempo.
Sede
Às vezes, acordo com sede.
Uma sede diferente.
Do tipo que imaginamos que os outros nos supra.
Talvez, o cansaço, o ritmo da vida e das imagens me faça esperar que o outro me atinja, me toque de alguma maneira.
Tenho absolutamente certeza disso: é sede.
Ultimamente, padeço por ter vontade, desejo, esperar.
Por que enxergamos as fotografias?
Quem já não buscou seu passado em papéis emulsionados guardados por parentes próximos e distantes? Quem já não lamentou por não encontrar o registro de fases e fatos de sua história? As imagens se configuram como relação íntima de pertencimento, identidade e sentidos, desde o surgimento da linguagem fotográfica no século 19.
Um lugar para que a fotografia possa agir
Texto publicado na A revista latino-americana Sueño de la Razón.
A crueza dos vestígios
Quando Frida Kahlo morreu, Diego Rivera, seu marido e também pintor, cerrou o que considerava de mais íntimo na casa onde ela havia nascido e morrido: o banheiro. Tomou assim a dimensão de um não lugar, o relicário estanque, guardado por ordem expressa. Até que um dia, a fotógrafa entrou serenamente. Ela e a câmera fotográfica. Somente as duas. Prontas para romperem a morte.
Ela sou eu
Essa camada sou eu. A superfície vocifera sempre diante do sol. Inclemente. Lindo, perfeito para brincar. A luz, sempre a luz… Não me toque porque me dói.Talvez, pela ausência. Pelo que precisaria ter para não ser. As camadas são mais subjetivas do que aparentam. Engano achar que são apenas – e tão somente – matéria, algo físico…
Você insiste em criar vínculos
Se lermos e adentramos nos enredos propostos por determinado escritor, sua imagem será impregnada pelo fenômeno que subliminarmente cria uma norma, um corpo para o escritor. Quiçá não seja a mais justa das projeções sobre o outro. O sujeito que idealizamos e que num fluxo inverso inventamos enquanto personagem. Contudo, estamos capitulando o nível da imaginação que codifica elementos da poesia, da prosa, do romance, da ficção ou do realismo, das epistemologias, das narrativas e de atmosferas poéticas autorais.