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Quando fotografamos para sonhar

Foto: Luis González Palma “O trabalho do fotógrafo Luis González Palma desfila a poética do improvável (e por que não dizer do invisível?) em cenas construídas com esmero, delicadeza e habilidade desconcertantes. Características estas próprias dos artistas comprometidos com sua arte, que bem sabem que só se compartilha um discurso de fabulação quando arrebata-se o olhar de quem está do outro lado. De quando simplesmente a fotografia …

Quando fotografamos para sonhar

Com os olhos bem abertos podemos muito bem sonhar. Nem sempre precisamos fechar os olhos para vivenciarmos histórias, sensações, idílios, fugas, desejos, dores, solidão, alegrias, desencontros, vazios, exuberâncias, esperanças…

Pieter e Olívia por Georgia

Foto: Pieter Hugo No Extraquadro, publicamos os dois textos que Georgia apresentou nas entrevistas que fizemos com Pieter Hugo e Olivia Arthur no Paraty em Foco. Abaixo: Para uma compreensão além do visível Momentos que não são seus

Sede

Às vezes, acordo com sede.

Uma sede diferente.

Do tipo que imaginamos que os outros nos supra.

Talvez, o cansaço, o ritmo da vida e das imagens me faça esperar que o outro me atinja, me toque de alguma maneira.

Tenho absolutamente certeza disso: é sede.

Ultimamente, padeço por ter vontade, desejo, esperar.

Sede

É a segunda edição (consecutiva) da revista S/N que o Olhavê colabora. Para o número 15, com o tema Sede, nos convidaram para escrever alguma coisa… Escrevi um pequeno artigo meio que misturando algumas ideias que vinham na cabeça. Pedi para Georgia dar aquela revisada e ela me devolve com mais umas coisinhas… Assim, tivemos mais um texto à quatro mãos. Sempre achei isso meio …

Através de um corpo

As imagens do ensaio AutoDesconstrução são íntimas, sutis, inquietas. Não por serem femininas, mas, muito mais, por terem sido determinadas pela dúvida, pela coragem em cair no limbo complexo de ser ao mesmo tempo autora e tema. Nesse processo, a beleza e a suavidade do corpo nos levam para um imaginário repleto de subjetividade e de novas percepções. Fotografias que silenciam o prosaico e, sutilmente, conotam o frescor no não-visto.

Ela sou eu

Essa camada sou eu. A superfície vocifera sempre diante do sol. Inclemente. Lindo, perfeito para brincar. A luz, sempre a luz… Não me toque porque me dói.Talvez, pela ausência. Pelo que precisaria ter para não ser. As camadas são mais subjetivas do que aparentam. Engano achar que são apenas – e tão somente – matéria, algo físico…

Mundos transfigurados

A produção de Castilho revela-se das mais instigantes no campo da fotografia experimental. De tão profusa e profícua, torna-se flácido conceituá-lo. Documental imaginário foi uma definição apropriada por ocasião do trabalho Paisagem Submersa. E, de fato, João Castilho insere-se cada vez mais na abstração, na subjetividade e na construção da imagem como narrativa esgarçada. A inquietação dos mundos criados por Castilho precede o ato fotográfico.